"As expectativas eram, e continuam a ser, que se registem aumentos dos apoios ao setor, nomeadamente do POSEI (programa comunitário para fazer face às dificuldades permanentes da ultraperiferia), já que as verbas afetas a este programa comunitário têm sido manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades", considera a federação, em nota enviada hoje à imprensa.
A proposta de Bruxelas, prosseguem os agricultores, é "profundamente negativa para a coesão económica e social" dos Açores.
E concretizam: "A competitividade da agricultura regional está em causa, pois os fundos comunitários ao dispor dos agricultores açorianos são indispensáveis para a competitividade agrícola regional porque, embora as condições globais na agricultura tenham melhorado, ainda existem problemas estruturais".
A Comissão Europeia propôs na quarta-feira um orçamento plurianual para a União Europeia para o período 2021-2027 de 1.279 biliões de euros, que prevê cortes de 7% na Política de Coesão, 5% na PAC, e 4% nos pagamentos diretos, e que é equivalente aos 1,11% do rendimento nacional bruto da União Europeia a 27.
Com base nas propostas hoje apresentadas, o executivo comunitário irá nas próximas semanas avançar com propostas detalhadas para os futuros programas setoriais e arrancarão as negociações com o Conselho (Estados-membros) — no qual o Quadro Financeiro Plurianual tem de ser aprovado por unanimidade – e o Parlamento Europeu, esperando a Comissão Europeia que seja alcançado um acordo antes das próximas eleições europeias, agendadas para maio de 2019.