As obras de restauro do Retábulo-Mor e seus Painéis Quinhentistas, da Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa, estão concluídas.
Neste sentido, a Igreja Matriz, em parceria com o Atelier de Conservação e Restauro de São Jorge, promovem a apresentação publica dos trabalhos, a ter lugar no próximo sábado, 16 de junho, pelas 20h30.
Além da apresentação das diferentes fases da obra, que decorreu no último ano, serão prestadas outras informações sobre os painéis quinhentistas.
A atual formação da Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa é de 1700, a partir do tempo primitivo construído 200 anos antes.
Embora caracterizada pelo seu aspecto construtivo e estilo arquitectónico barroco, o templo conserva detalhes do estilo manuelino no seu interior, nomeadamente na abóbada do batistério e no importante retábulo alusivo à Santa Cruz.
Os 6 paineis quinhentistas foram reveladas em 1941 por José Hipólito Raposo (1885-1953), advogado e monárquico, ao tempo exilado na ilha pelo salazarismo devido à sua oposição integralista ao regime do Estado Novo. Esse autor considerou-as encomenda do capitão-donatário D. Álvaro Coutinho, e atribuíveis à oficina do pintor Cristóvão de Figueiredo.
Mais tarde, outros historiadores atribuíram a autoria das tábuas ao Mestre de Arruda dos Vinhos, artista com actividade em Lisboa entre 1540-1560 e autor de painéis semelhantes do antigo retábulo do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1522-1530).