Segundo o parlamentar, a missiva apresentada previa a criação de um Serviço Regional de Estatística “independente”, e com um líder eleito por 2/3 do parlamento regional, “valorizando o próprio parlamento, e de forma a dar mais independência a um conjunto de agentes públicos que, nos Açores, estão demasiado dependentes do poder regional”, explicou. 

João Bruto da Costa adiantou que “a fiabilidade da informação socioeconómica, desde logo na produção estatística, assume fulcral importância para os agentes económicos”, pelo que o papel desempenhado nos Açores pelo seu serviço de estatística oficial, “determina a necessária ausência de fatores de subjetividade nos atos que produz”. 

Assim, a independência face ao poder político e a não intervenção no debate político “são razões que assumem importância vital, para que se concretizem os objetivos de informação rigorosa, atempada e imune aos humores de qualquer tutela política”, reforçou o deputado. 

Para João Bruto da Costa, “esses desideratos não se podem subjugar a um serviço integrado numa administração sujeita à tutela político-partidária. E foi isso que o PS e governo não quiseram que acabasse”, frisou.
O social democrata acrescentou que “é essencial um serviço de estatística que possa produzir elementos credíveis, atualizados e abrangentes, o que não existe neste momento”. 

E tudo porque os agentes económicos, e quem quer fazer projetos de investimento, “deparam-se com enormes dificuldades a esse nível, e é preciso corrigir essa situação. Infelizmente não nos deixaram avançar com esse auxílio a quem quer investir nos Açores”, concluiu. 

A proposta apresentada pelo PSD, que foi chumbada ontem pela bancada socialista na ALRAA mereceu pareceres favoráveis da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores, da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, da Federação Agrícola dos Açores, a AICOPA e da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.

Fonte: PSD Açores