O jornal “Correio dos Açores” faz neste dia 1 de Maio cem anos, entrando assim na galeria dos jornais centenários açorianos, dos quais sobrevivem o Diário dos Açores, o mais antigo quotidiano, e o Açoriano Oriental que em 1979 passou a diário. Uma honra para Ponta Delgada ter três jornais centenários.
Hoje, cem páginas marcam cem anos do jornal que nasceu em tempo de medos, no rescaldo da Grande Guerra e da pandemia “Espanhola”! A história toda para ler na edição de hoje.
Para mim, o “Correio dos Açores” é mais que um jornal. Tornou-se-me família. Desde 1973. Escola onde aprendi muito e onde também alguma coisa ensinei, porque ali fui um pouco de tudo: arquivista, redactor, revisor, chefe de redação, subdirector e director-adjunto. Para a sua sobrevivência, muito se sofreu, porque nunca foi fácil, tal como não é hoje.
E, em dia de festa, em família que não precisa de estar junta para ser família, aqui deixo este abraço a todos o que hoje o fazem. E um abraço de memória e de lembrança vai também para aqueles que já não estão aqui e para quantos rumaram a outros destinos na vida: directores, chefes de redacção, jornalistas, revisores, fotógrafos, compositores, desde os caixotins até ao computador, designers impressores, pessoal dos acabamentos, distribuidores, publicitários e administrativos, até ao serviço de limpeza e aos mestres de tantas obras, durante tantos anos, nos edifícios que a empresa foi conhecendo. E também os colaboradores, os de todas as semanas e os que nos proporcionaram tantos e bons suplementos em vários domínios; os nossos anunciantes e, porque tudo é para eles, os nossos assinantes e leitores.
Cem anos é um átomo de tempo, mas às vezes os dias parece que nunca mais acabam. E num jornal, só mesmo trabalhando por amor!
Parabéns, Correio dos Açores!
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