Ao reler os livros autografados do Onésimo, L(usa)lândia – Décima Ilha, Que Nome é Esse, Ó Nezimo?, Rio Atlântico, Viagens na Minha Era, Livro-me do Desassossego, Aventuras de um Nabogador, e também ao estudar sobre o fenómeno da emigração açoriana, apareceu-me uma questão muito antiga e talvez ainda nova, isto é, “Onde fica a Décima Ilha ?” Os Açores são um conjunto das nove ilhas e eu procurava a décima ilha.
Primeiro, pensei nas vastas comunidades açorianas na América, depois, através dos meus estudos, achei que a Ilha de Santa Catarina no Brasil deve ser a décima ilha. Mas, como a Açorianidade, termo produzido por Vitorino Nemésimo, o mundo dos Açores divulga-se, em todos os tempos, de acordo com os movimentos dos açorianos. Isso foi dito pelo Onésimo no seu livro Açores, Açorianos, Açorianidade. O Onésimo produziu o termo a Décima Ilha e parece-me que essa Ilha também divulga-se e move-se consoante os movimentos açorianos. O amigo tem mais preocupação nas comunidades na América e diz a L(usa)lândia. Mas onde fica a Décima Ilha para todos ?
Se o Onésimo, açoriano, viaja para outro lugar, a Açorianidade e a Décima Ilha ficam assinadas nessa terra viajada. A Décima Ilha existe para quem divulga o espaço açoriano e existe algures no mundo. Descobri isso lendo os livros do Onésimo. Admiro como o Professor Vitorino Onésimo deixou neste mundo dois termos tão perplexos. Para mim, a Décima Ilha poderia ser tão filosófica, utópica e académica. Ao mesmo tempo, deverá ser procurada, eternamente, pelos insulares, tal como Já não gosto de Chocolates descreveu nas últimas páginas.
Kiwamu Hamaoka
