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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de Poema do Dia: « Aconteceu-me»
Almada Negreiros
Comunidades 07 abr, 2013, 21:52

Poema do Dia: « Aconteceu-me» Almada Negreiros


(foto D.R./arquivo RTP)

Neste domingo,7 de Abril, comemora-se os 120 anos do nascimento de José Sobral de ALMADA NEGREIROS (1893-1970),um dos grandes nomes do modernismo português.Vanguardista, Almada Negreiros, natural de São Tomé e Príncipe foi um artista por inteiro,multidisciplinar dedicou-se principalmente às artes plásticas (pintura,desenho,vitral) e à literatura ( ensaio, dramaturgia, romance, poesia).

Do «POEMA do DIA»,uma rubrica da Associação Despe-te-que-suas em coprodução com Antena1/Açores e o patrocínio da Direção Regional da Cultura,Governo dos Açores,sob a Direção de Nelson Cabral e Consultoria de Urbano Bettencourt, apresentamos o poema « ACONTECEU-ME » em homenagem ao grande artista e escritor português.

Dito: José Carlos Jorge
Comentários: Luisa Teixeira e urbano Bettencourt



(Almada Negreiros – Auto retrato.
   com o grupo da Brasileira,1925.)

 

ACONTECEU-ME
Almada Negreiros

Eu vinha de comprar fósforos
e uns olhos de mulher feita
olhos de menos idade que a sua
não deixavam acender-me o cigarro.
Eu era eureka para aqueles olhos.
Entre mim e ela passava gente como se não passasse
e ela não podia ficar parada
nem eu vê-la sumir-se.
Retive a sua silhueta
para não perder-me daqueles olhos que me levavam espetado
E eu tenho visto olhos !
Mas nenhuns que me vissem
nenhuns para quem eu fosse um achado existir
para quem eu lhes acertasse lá na sua ideia
olhos como agulhas de despertar
como íman de atrair-me vivo
olhos para mim!
Quando havia mais luz
a luz tornava-me quase real o seu corpo
e apagavam-se-me os seus olhos
o mistério suspenso por um cabelo
pelo hábito deste real injusto
tinha de pôr mais distância entre ela e mim
para acender outra vez aqueles olhos
que talvez não fossem como eu os vi
e ainda que o não fossem, que importa?
Vi o mistério!
Obrigado a ti mulher que não conheço.

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