Amo a Florianópolis de ontem, do velho Miramar e da Alfândega, a Floripa de hoje e a de amanhã que será cantada por nossos filhos e netos, por seus encantos e contrastes, cuidada como um tesouro por nossa gente.
Capital cosmopolita, com praias lindas, reduto de uma juventude bonita e freguesias bucólicas onde o ritmo da vida segue o compasso das ondas do mar que buscam mansamente a carícia da areia da praia.
Gente hospitaleira, com seu linguajar cantado, ligeiro e irônico, um jeito todo seu de ser, de estar, de viver, de partilhar sabedoria guardada nas entranhas do mar e salvaguardada na memória coletiva.
Cenários de ontem e de hoje. Símbolos de uma cidade feminina, amada e reverenciada pelos que aqui vivem ou pelos que chegam e não querem mais sair enlaçados por seus ” samburás“ um balaio de povo, de vida, de histórias, de memórias da nossa gente. Um território de pura magia, uma bruxa voluptuosa que se ergue do mar, não como abrigo de uma ” velha cidade menina”, mas como a Capital-Ilha-Mulher sensual, linda e faceira. Cheia de segredos, misteriosa como a orquídea, sua flor símbolo.
Florianópolis, a cidade de todos nós é o nosso maior presente.
Lélia Pereira da Silva Nunes
23/maeço/2014
(fragmento de uma crônica publicada na Imprensa local)