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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de NATAL 2008
Comunidades 30 dez, 2008, 03:36

NATAL 2008

Desejamos um NATAL de AMOR e HARMONIA a
todos quantos passam por este blogue, e às nossas
comunidades açorianas espalhadas pelo mundo a
quem se dedica este espaço.

Um Grande Abraço,

Irene Maria F. Blayer e Lélia Pereira da Silva Nunes

 

 

 

Natal de 1971


Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas
as cinzas de milhões?
Natal de paz agora
nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
em ser-se concebido,
em de um ventre nascer-se,
em por de amor sofrer-se,
em de morte morrer-se,
e de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
com gente que é traição,
vil ódio, mesquinhez,
e até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
ou dos que olhando ao longe
sonham de humana vida
um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
e torturados são
na crença de que os homens
devem estender-se a mão?

                                     Novembro 1971
                                     Jorge de Sena

 

                                

 

 

 

               NATAL 2008

 

                 LOA 


Meu Menino Jesus dos triguinhos no prato,
Não enxugues a tua lágrima de vidro,
Não apagues a tua estrela de prata suspensa no quarto ainda morno,
Não deixes envelhecer os velhos tios de retábulo
Ajoelhado em torno:
Deixa estar as palhinhas urinadas no estábulo,
Que a chuva cheira bem e o pão tufa no forno.
Doira, Menino Jesus, aquele milho amarelo
Que o Joaquim Pacheco secou na escuridão do seu muro,
E manda um navio de nevoeiro
Pela primeira vaga que vires redonda e rebentada:
Tu mão outra vez a atira contra a noite,
Como se não tivesse batido nessa grande praia parada.
E deixa as minhas faltas à missa,
Esquece os pontos fracos da minha velha teologia,
E o orgulho, a razão, o materialismo passageiro…
Mandes tu pelo mar o navio de nevoeiro!

Vitorino Nemésio
Antologia Poética,
Lisboa, Círculo de Leitores, 1988

 

 

 (*) Presépio-Altarinho, fotografia de Urbano Bettencourt.

 

 

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