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Imagem de Dedicação à Bandeira Açoriana do
 poeta micaelense-paulista  Jeremias Pacheco Boleeiro,um jovem de 88 anos. Lélia Pereira Nunes
Comunidades 29 nov, 2010, 14:10

Dedicação à Bandeira Açoriana do poeta micaelense-paulista Jeremias Pacheco Boleeiro,um jovem de 88 anos. Lélia Pereira Nunes

* Audio de Olégário Paz, numa especial gentileza. 
             

DEDICAÇÃO À BANDEIRA AÇORIANA
(Jeremias Pacheco Boleeiro)

A Bandeira representa um povo,
também uma instituição qualquer
a bem dizer,não há nada de novo,
esta verdade aceita quem quiser.

Salve a linda Bandeira dos Açores,
se vê no cimo esquerdo o brasão
da Pátria portuguesa, e as cores,
que o olhar,alegra o coração.

Está também as linhas circulares;
são as rotas marítimas globais
das caravelas singrando os mares,
glória de Portugal,esquecer jamais…

Os sete castelos são um memorial,
da tomada dos mouros,no passado,
para Portugal era primordial
o solo da Pátria reconquistado…

As cinco quinas,o que representa?
São as cinco chagas de Jesus Cristo;Nisto:
em cada, seis moedas,complementa;
o preço com que Judas vendeu Cristo.

As estrelas em círculo douradas,
Qual o arco íris de belas cores,
são as nove ilhas tão consagradas,
do belo arquipélago dos Açores.

Se vê o açor em posição voante,
do alto dos céus em todas as ilhas
que chamou atenção ao navegante,
para descobrir estas maravilhas.

Cor branca é paz,amor e firmeza
na fé cristã desse povo obreiro.
de descendência bem portuguesa;
o açoriano é sério e ordeiro.

O azul está nos céus e no mar
imensa riqueza que envolve as Ilhas;
em pleno oceano a proclamar,
como são lindas estas maravilhas!

  In: Testemunho Cristão de um Açoriano,2007:p.27-28
 
           Dedicação à Bandeira Açoriana do
 poeta micaelense-paulista  Jeremias Pacheco Boleeiro,um jovem de 88 anos. Lélia Pereira Nunes
Seu Jeremias,Um Jovem de 88 Anos…

Seu Jeremias é dessas pessoas sem idade,seu tempo está na limpidez do olhar muito vivo e uma inquietude que surpreende. Sua mãos calejada na forja dos metais aperta a minha com suavidade. Seus olhos brilham e  abre um sorriso largo quando fala do seu Açores, da sua Ilha de São Miguel e do seu chão – Lomba do Loução, um sitio que fica na Povoação.
Creio que nunca retornou da Freguesia da Lomba do Loução tamanha é a saudade que carrega no coração e nas palavras derramadas em forma de poesia no seu livro “Testemunho Cristão de um Açoriano” ao lado de textos que dão conta da sua profunda religiosidade.
Conheci-o durante a Semana Cultural da Casa dos Açores de São Paulo em fins de outubro. Cheio de simpatia ofereceu-me seu livro e contou a sua história. Escutei e partilho com outros açorianos espalhados por este mundo de Deus. Uma história de vida semelhantes a tantos outros emigrantes que deixaram suas ilhas e foram atrás de seus sonhos  levando na bagagem a esperança.
Na simplicidade do seu relato emocionado a riqueza de suas vivências nas terras brasileiras de São Paulo e nos Açores – o torrão natal abençoado, o calor das fumerolas, o perfume das flores,o cheiro do mato, o som da água cristalina que serpenteia as lombas, a terra amainada,a lembrança dos muitos amigos e suas brincadeiras que ficaram para trás e que entre rimas e versos alexandrinos foi registrando no seu precioso livro publicado em 2007, na cara e na coragem como no primeiro que saiu em 2003 e presenteou aos parentes e amigos.
E quem é seu Jeremias,afinal?
Natural da Freguesia da Lomba do Loução,Povoação, onde nasceu a 23 de fevereiro de 1922. Filho de António Francisco Bolieiro e Maria da Glória Pacheco.Trabalhou nas terras do pai e na escola cursou até o 2º Ano Primário. É apaixonado por História e Geografia Lusitana e ler é sua maior paixão.
Num dia outonal de maio de 1948 desembarcou no Porto de Santos , fez de São Paulo a sua terra prometida e daí nunca saiu.
Casou em 1954 com Ermelinda Moniz Corrêa,natural de São Brás,Ribeira  Grande,já falecida.
Trabalhou como metalúrgico até se aposentar. Dedicou-se ao trabalho voluntário e de acese cristã. Atuou nas comunidades eclesiásticas por trinta anos a fio participando em  diferentes pastorais e como membro do Conselho Pastoral do seu bairro.
Seu primeiro livro “Homilias,Poesia e Testemunho de um Leigo Açoriano” publicou em 2003 e desde então dedica-se à escrita, registrando em prosa e poesia  seu amor pelos Açores, sua história de vida e testemunhando sua fé cristã.
Aos 88 anos,seu Jeremias Boleeiro, vive na cidade São Paulo com seus três filhos,netos e bisnetos,sendo muito querido e respeitado na colônia açoriana paulista.
Seu Jeremias,bem haja!

Lélia Pereira Nunes
Nov.2010

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