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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de O Livro VIVE
Sérgio da Costa Ramos
Comunidades 02 set, 2011, 18:16

O Livro VIVE Sérgio da Costa Ramos

Em tempos de Bienal do Livro ,a crônica certeira do ilhéu Sérgio da Costa Ramos

“É importante que nos unamos em torno de uma proposta para que o livro seja um bem dos brasileiros”.
Pres. Dilma Rousseff,na abertura da XV Bienal do Rio,1º/setembro

• O Livro Vive
Sérgio da Costa Ramos

O Livro VIVE
Sérgio da Costa Ramos
Na véspera de uma nova Bienal do Livro, perguntaram ao editor Roberto Feith (Objetiva) se ele achava que o velho caderno de folhas impressas, chamado livro, ainda teria alguma sobrevida com o império dos meios eletrônicos.

Feith tem fé que sim. O livro tradicional vive, não apenas sobrevive.

Os Ipads estão chegando, mas em dois anos de vida ainda não se massificaram, até pelo preço salgado. E os Kindles, o equipamento-leitor do livro virtual, demorarão ainda uma geração para alcançar preços palatáveis.

A grande transformação dos próximos anos será a massificação das novas mídias, o que poderá, aí sim, limitar os meios tradicionais.

Mas o livro tem um parentesco inalienável com a história da leitura. Leitor voraz e ciumento, um grão-vizir da antiga Pérsia carregava sua biblioteca quando viajava, acomodando-a em quatrocentos camelos treinados para andar em ordem alfabética.

No século 14, uma mulher da nobreza francesa se afeiçoou de tal maneira aos seus livros que deles se tornou “viciada”. A Condessa D’Artois viajava com sua biblioteca em grandes malas de couro e, à noite, uma dama de companhia lia para sua ama uma obra filosófica ou algum relato que contivesse a emoção da “aventura” – As Viagens de Marco Pólo, por exemplo.

Ter um livro em casa era “chamar” a família e até a vizinhança para dele desfrutar, como se fossem os aparelhos de televisão dos anos 1950: juntavam-se na mesma sala as pessoas da família e até os estranhos, os chamados “televizinhos”.

Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática comum na Idade Média, depois da invenção da imprensa, por Gutenberg, em Mainz, Alemanha, 1450. Famílias liam em grupo, geralmente antes do jantar – e até durante alguma pantagruélica refeição, Festas de Babette para motivar outros sentidos além da audição.

Alberto Mangüel – que na infância lia para o cego Jorge Luís Borges – revela em seu livro A História da Leitura que ler “à mesa” não tinha a intenção de “distrair as alegrias do paladar”. Não. A idéia era juntar os dois prazeres:

– A leitura era mais um “prato”. Realçava a alegria do palato com uma diversão criativa, uma prática herdada dos tempos do Império Romano.

Como se vê, o livro já desempenhou papéis muito mais importantes no dia a dia da família, hoje obsedada pela caixinha eletrônica da televisão.

Ler é, talvez, o maior dos atributos do ser pensante e a joia mais cintilante de toda a engenharia intelectual. Ler é tão importante quanto cada um dos outros cinco sentidos.

Deixar-se obsedar pela tevê é que é uma atitude reflexa e passiva, em que até as emoções já vem prontas e embaladas, com os risos e os aplausos embutidos..

Ler, sim, é que é um belo exercício de imaginação. Não deixa de ser uma forma diferente do leitor ligar a seletiva “televisão” que habita o seu cérebro.

Uma tevê inteligente e colorida, cuja programação nunca se repete, pois o canal da imaginação é de uma novidade infinita, um múltiplo caleidoscópio – com o apuro e a definição de uma tevê digital.

______________________________________
Sérgio da Costa Ramos
,um dos mais renomados e prestigiados cronistas do Sul do Brasil.  Um nome que já atravessou as fronteiras da imprensa regional e navega livremente por outros mares. Culto,elegante. Crônicas com humor,sabor,picardia e leves no fluir…Gosto muito das crônicas do Sérgio.

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