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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de « REFLEXÃO » por
SANTOS NARCISO  (I)
Comunidades 07 nov, 2012, 02:40

« REFLEXÃO » por SANTOS NARCISO (I)

Há 24 anos, 2 de Novembro de 1988, pisei pela primeira vez nos Açores. Ilha de São Miguel. Cidade de Ponta Delgada. Foi amor à primeira vista,uma sensação de retorno. Uma sensação que ainda persiste a cada  nova chegada.
Para lembrar àquela primeira chegada e o abraço de boas vindas de António Machado Pires, deixo a reflexão de Santos Narciso,jornalista,amigo,a quem muito admiro.
Junto o meu grande abraço aos Açorianos que sempre me acolhem com grande afeto a cada novo regresso.

REFLEXÃO

A propósito do dia de Todos os Santos e o de Hoje, deixo esta pequena reflexão minha e que aqui partilho, como pão-por-deus dado de boa vontade: Com um abraço a todos…

A semana que agora termina é quebrada por um feriado muito querido pelo nosso povo. É a última vez que é feriado, embora prometam que regressará depois de cinco anos. Veremos! Feriados há muitos, mas há coisas que ultrapassam o sentido do próprio feriado, ou dia santo, que o é e não deixa de ser por deixar de ser feriado. Dia Santo, o 1º de Novembro, porque nele se faz memória de quantos nos precederam, na vida, nos trabalhos, na fé e na Pátria, em todas as pátrias.
Fazer memória é honrar a vida e ai da geração que esquece as suas raízes porque não terá por onde receber o alimento essencial para o seu desenvolvimento e crescimento: a Cultura e os valores! Em cada olhar, em cada flor, em cada visita a um túmulo, do mais rico à mais rasa campa, há sempre o folhear de um livro de vidas que ninguém pode esquecer.
Hoje, na febre de mudanças, de renovação e de (re)invenção de formas de vida, há muito a tentação de esconder memórias dos que partiram e dos que estão há mais tempo nos caminhos da vida. Se a tentação é esquecer e relegar para plano secundário as vozes dos antigos, como se pode fazer verdadeira memória dos que partiram?
Em cada antepassado nosso, desde o mais ilustre e preclaro, desde o mais literato e eloquente, desde o mais rico ou nobre, até ao mais humilde trabalhador, pobre e sem-abrigo, há sempre um livro aberto em páginas de lições que urge aproveitar e que ali falam no silêncio respeitoso ou na lágrima derramada com saudade. Quantas dores e sacrifícios, quantos entusiasmos e vontade de viver, quanto amor ali se mistura num pedaço de terra sem tempo porque acolhe quem deixou de fazer parte do tempo.
Fazer memória do passado é ganhar coragem para olhar o presente, porque o presente é legado que nos compete apenas administrar e que ficará para que outros possam fazer memória vindoura de nós. Do passado nos falam monumentos e tradições, casas e ruas, árvores e pedras, músicas e literatura, trabalhos e empresas. Mas este passado que encontramos em todo o lado tem alma e tem chama que neste dia primeiro de Novembro merece ser exaltado. Escrevia Agostinho de Hipona, por volta do ano quatrocentos da nossa era, que “ritos e pompas funerárias mais são consolo para os vivos do que refrigério para os mortos”. Pode a morte ser um grande negócio, mas ninguém vende nem compra a coisa mais sagrada que nestes dias se pode ter: a terna lembrança dos nossos, que não estão ao nosso lado mas que vivem dentro do nosso coração e dão força à nossa vida de cada dia.
Para quem crê, nada acabou. Há outra dimensão que se fundamenta naquele “Não está aqui! Ressuscitou”. Mas mesmo para quem não vive a plenitude da Fé, há esta certeza da união cósmica entre os que partem e os que ficam, como se uns deixassem de ser do tempo para dar tempo ao tempo dos outros!
Nesta semana, apenas o desejo de um momento na vida para pensar na vida dos que nos precederam e que podemos respeitar na melhor forma que nos é permitida: em profundo silêncio!

« REFLEXÃO » por
SANTOS NARCISO  (I)
José Manuel Santos Narciso
Jornalista e Diretor-Adjunto do Correio dos Açores e Atlântico Expresso.

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