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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de CASA DAS MÁSCARAS de Péricles Prade –
Silveira de Souza (*)
Comunidades 27 abr, 2013, 06:28

CASA DAS MÁSCARAS de Péricles Prade – Silveira de Souza (*)


foto:Rosane Lima/ND


Texto do escritor Silveira de Souza para o livro CASA DAS MÁSCARAS, de Péricles Prade,publicado pela Editora Iluminuras. O livro CASA DAS MÁSCARAS teve seu lançamento oficial em prestigiado sarau literário realizado na Fundação Cultural BADESC, na noite de 25 de Abril em Florianópolis,Ilha de Santa Catarina

Casa de Máscaras

Arquiteto do maravilhoso, mestre da lógica do delírio, Péricles Prade nos apresenta agora este Casa de Máscaras, seu novo livro de poemas. A trajetória poética de Péricles teve início em 1963, com Este interior de serpentes alegres. Em 1970 surge o primeiro livro de ficção em prosa, intitulado Os milagres do cão Jerônimo, que parece ser, na obra do autor, o único em que os contos ainda têm uma estrutura que lembra sua forma tradicional. Pois a partir de Alçapão para gigantes (1980), Péricles Prade ingressa definitivamente no círculo mágico de suas criações, quando transcende os gêneros literários e tudo passa a ser, mais que poemas e contos, um universo de múltiplas dimensões dirigido por um feiticeiro com diabólica sensibilidade para a poesia como linguagem do oculto e do sagrado.

Já foi dito que a obra de Péricles Prade é um caso isolado na literatura brasileira. É verdade. Mas ela, a obra, é também contagiante. Seus livros convidam ao delírio, e para falar sobre eles é preciso dar um salto para muito além do racional e dizer coisas que soam loucas. Dá vontade de gritar: “Omphalos! Umbigo do mundo! Esfera cujo centro está em toda a parte e a circunferência em nenhuma!”. E há também uma tendência, quando se procura estender os braços para apalpar referências ao redor, de dizer que se trata de uma literatura de nonsense e logo, logo Lewis Carroll nos vem à mente. Tudo bem, até acho que Péricles tem alguma coisa de Carroll, como tem alguma coisa de quase tudo, mas numa outra direção, sempre numa outra direção.

Os dois volumes de Alice são divertimentos lógicos, brincadeiras geniais de um matemático para agradar as suas queridas meninas. Alice pode dialogar com os personagens de seu mundo, pode tentar compreendê-los. Mas o universo de Péricles Prade é, a bem dizer, impenetrável, porque tem múltiplos referenciais, infinitas raízes que estão no solo do Mito e da Magia e que podem ser Alquimia, Cabala, pinturas de Bosch, poemas de Saint-John Perse, singularidades do Caos, gárgulas, leoas feridas, T.S. Eliot, arabescos de um tapete persa, arquétipos e figuras hieráticas, As mil e uma noites, seres imaginários de Borges, jaulas amorosas, Rilke, humor cáustico e cruel, tarântulas, serpentes, corvos, Kafka, unicórnios e, por certo, máscaras. Enfim, uma intertextualidade inesgotável que se expande de livro para livro. E a gente pode igualmente, sem muito esforço, perceber a habilidade com que o autor se apropria das epígrafes, transformando-as em meros complementos de seu discurso.

Perdoe o esforçado leitor por eu não saber dizer com exatidão, como é da praxe das orelhas de livros, do que trata este Casa de Máscaras. Sei apenas que é poesia de sutil transcendência. Em compensação, posso aconselhá-lo a ter cautela e guardar este exemplar em lugar especial de sua biblioteca, pois as criações literárias de Péricles Prade parecem ter caído da árvore onde Deus se esconde.

Silveira de Souza
_________________________________

(*) Breve Nota sobre o Autor:

Considerado um dos grandes contistas brasileiros, o catarinense João Paulo Silveira de Souza foi homenageado no Congresso Internacional de Conto realizado em Florianópolis em Março de 2013.
Nasceu em em Florianópolis,na Ilha de Santa Catarina. Ficcionista.Poeta,contista,cronista ilhéu. Tem publicado entre muitos outros,os seguintes livros:Rumor de Folhas (poesia),Relatos Escolhidos,(contos);Janelas de Varrer (minicontos), Trololó para Flauta e Cavaquinho, (crônicas)com Flavio José Cardozo, Franz Kafka 28 desaforismos (28 aphorismen), tradução; Ecos no Porão,1º Vol.(2010)e Vol.2 (2012).Membro da Academia Catarinense de Letras,titular da Cadeira 33, o escritor exerceu diversas atividades culturais, sendo considerado um dos ícones da literatura catarinense contemporânea.Integrou o Grupo Sul, criado em 1948 e que levou o movimento modernista para Santa Catarina. Não é sem razão que em 2009 foi o escritor homenageado na 55ª Feira do Livro de Porto Alegre(Rio Grande do Sul), o maior evento literário do sul do País que teve Santa Catarina como o Estado convidado.

Fonte : http://www.iluminuras.com.br/v1/verdetalheslivros.asp?cod=493

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