O Caleidoscópio Cultural de Onésimo em 45 Olhares
Lélia Pereira Nunes
Aceitei, sem pestanejar, apresentar Onésimo, Único e Multímodo (org. João Maurício Brás, Opera Omnia,2015), na sessão de lançamento na “XVI Correntes d’Escritas,” na Póvoa de Varzim. O livro compreende uma coletânea de textos e um memorial fotográfico de Onésimo, um bem apanhado corisco nas mais diferentes fases da vida e nos mais diferentes lugares do mundo.
Contei aos amigos escritores: os gaúchos Luis Antonio Assis Brasil, Luís Fernando Veríssimo, e o ilhéu catarinense, Sergio da Costa Ramos – vou à Póvoa de Varzim apresentar um livro sobre o Onésimo Teotónio de Almeida. Por email, saudaram a pessoa Onésimo e a obra que acabara de sair ressaltando o seu inegável valor cultural e literário. “Como insular português, Onésimo é como o ilhéu madeirense Cristiano Ronaldo: um superlativo, um “must”. Joga bem em todos os setores do campo: no ensaio, no conto, na crônica”, escreve, em bom humor insular, Sergio da Costa Ramos.
Ao identificar os autores percebi a “saia justa” que me metera. Apresentar um livro comemorativo aos 50 anos de vida literária e, sobretudo, que reunia um expressivo conjunto de textos sobre a pessoa, o professor, a obra literária e filosófica de Onésimo, dando a conhecer por intermédio de vozes e olhares da melhor “cepa”. Enfim, quem sai na chuva é pra se molhar…
João Brás, na Introdução, enfatiza: “se a obra de O.T.A. apresenta uma totalidade indissociável, é a sua faceta menos conhecida – a de pensador e ensaísta – que é mais significativa e mesmo fundamental.” (p.10). É consenso entre os 45 autores que a sua obra constitui uma unidade temática visível sob diferentes gêneros e matizes.
O escritor João de Melo descortina essa singularidade – de “Único”, ao mesmo tempo em que reconhece a dificuldade de pensar nele “como um só” porque vê escancarada a sua pluralidade “Multímoda” e, assim pensando, nomeia o título do seu texto, que acabou intitulando o livro: “Único e Multímodo”.
O livro mostra o valor da obra de Onésimo Teotónio de Almeida, aponta a importância de se conhecer, ler, estudar e, acima de tudo, promover o debate de suas ideias e propostas. Soma-se a tudo isso a sua incrível capacidade de contar anedotas, piadas e fatos corriqueiros que, na boca do Onésimo, viram acontecimentos dignos de uma salva de tiros. Aí é que reside a arte de narrar. Milagre? Não, dom divino e dos bons. E o Onésimo sabe bem contar e conta muito…
Pensando bem “Onésimo Único e Multímodo” daria um bom samba-enredo de Escola de Samba. Pego o gancho dessa metáfora para falar do conjunto de textos reunidos em quatro secções principais. Ou seriam “alas”? Deixo a bateria entrar no recuo enquanto desfila cada ala com harmonia, evolução e cadência. Sem dúvida, nota 10 em todos os quesitos!
A primeira secção, a Comissão de Frente, o carro Abre-Alas é “Onésimo de Vários Ângulos”, o olhar derramado sobre a pessoa e universo de O.T.A. Temos à frente José Blanco “Apresentando Onésimo Almeida”, segue George Monteiro, colega de muitas décadas na Brown University, que como um “mestre sala” faz mesuras em “Toda gente conhece Onésimo.” Confessa que poderia espraiar-se sobre a amplitude e variedade da sua escrita, mas prefere lançar seu olhar para o humanismo de Onésimo. Manuel Assunção em “Onésimo: nunca sem espanto, sempre sem desânimo”, esboça um retrato do nosso autor. Num texto saboroso, Manuel Assunção lembra a dimensão de humorista de Onésimo que é fenomenal, mas que não se pode separar da sua dimensão de filósofo. Gabriel Magalhães em “Os sete realismos de Onésimo” recorre à metáfora de uma rede de metropolitanos – as linhas identitárias, para melhor entender o tema do realismo “apaixonado” presente na obra e no seu pensamento. O açoriano Victor Rui Dores traça uma perspectiva da biografia e da obra em “Onésimo para principiantes”. Eu escrevi “Onésimo, um Homem de Epifanias” e Álamo de Oliveira, em “Nunca é possível dizer tudo sobre”… conduz-nos pela temática dos Açores e da açorianidade. Isabel Aragão partilha “Apresentando um novo Doutor Honoris Causa” que fez na cerimónia de Doutoramento Honoris Causa atribuído a Onésimo Almeida, em 2013, na Universidade de Aveiro. O físico Manuel Paiva reverencia “Onésimo, o melhor das duas margens do Rio Atlântico.” Luís Diamantino Batista, em “Onésimo”, Manuela Ribeiro com “Um Encontro e um Testemunho” e Maria da Conceição Nogueira em “A força das Correntes” reconhecem o grande amigo das Correntes d’Escritas promovida na Póvoa de Varzim pelo pelouro da Cultura.
Segue a secção “Do Aluno ao Professor” com passadas coreografadas na memória do professor e dos alunos. Depoimentos que louvam o “aluno invulgar” do antigo professor, Artur Goulart e o “magistral professor” de seus alunos. É a palavra cheia de gratidão diante do professor, sábio, ético, humano, amigo.
A terceira parte “Sobre o Escritor e Criativo” refere-se ao seu universo literário. Da magia do imaginário e do brilho da criação. Será muita ousadia dizer que esta secção poderia ser comparada à “ala das baianas”? Na visão de Otília Pires Martins, “Onésimo, o homem poliédrico, leitor omnívoro e viageiro incansável.” Descreve o “andarilho insaciável” e suas errâncias e deambulações em que tudo se transforma em matéria literária[…]”(p.165) Fica-se com um querer mergulhar nessa “geografia (senti)mental onesimiana”. Ana Bernardo, faz o “Relato de uma Leitora” encantada por suas humoradas crônicas e admiradora da pungente obra. No criativo “Onésimo Teotónio Almeida, Trajectória, Estória e Stilus”, o escritor galego, Carlos Quiroga, compara o volume da obra de Onésimo à abundância de um Amazonas, após a confluência das águas frias e barrentas do Rio Solimões com as águas quentes e pretas do Rio Negro, que se agiganta e corre poderoso. Assim é, “a trajectória onesimiana.” Vou além com a metáfora…basta somar a obra vultosa, velocidade da trajetória, estilo único e o espírito “viramundo” e temos o Onésimo – comparável ao próprio “fenômeno da Pororoca” que é o encontro estrondoso do Riomar com o Atlântico. As singularidades do “homem e do cronista” foram dimensionadas por Eugénio Lisboa em “Onésimo: a eterna surpresa”. Leva-nos a perceber que tanto o humorista como o filósofo “são ambos, afinal, membros chegados da mesma paróquia” (p.194).
Abordam o universo criativo e memorável de Onésimo os vigorosos ensaios: “(Sapa)teia Americana: (a)ventura do português pelo mundo repartido” de Teresa Martins Marques; “Para fixar esses bocados de vida real…Aventuras do Nabogador & outras estórias-em-sanduíche” de Erik van Achter; “Um diacronista” de Ernesto Rodrigues; “Onésimo, a busca de uma Teoria do tudo ou o grão da voz?” de Annabela Rita, e “ Um Onésimo pode esconder outro” de Teolinda Gersão. Em todos, identifica-se o respeito ao talento criativo do escritor.
A última ala “Sobre o Ensaísta e Pensador” aborda as várias dimensões dessa vertente fundamental da obra de O.T.A.como o debate sobre a questão da Identidade, uma as principais linhas de sua investigação. Assim sendo, temos Ana Paula Coutinho com “As hifenações de Onésimo Teotónio Almeida e no âmbito da Filosofia e das Ciências Sociais, José Cândido de Oliveira Martins oferece-nos “A matriz da insularidade e problematização da identidade cultural no ensaísmo de Onésimo Teotónio Almeida.” Já o escritor açoriano, Vamberto Freitas, apresenta um panorama global da obra e a contribuição de Onésimo para toda sua geração quanto aos estudos açorianos, no ensaio “ Onésimo Teotónio Almeida e os Açores na modernidade”. A questão cultural em Onésimo está no “ Onésimo ou a nossa consciência crítica” do historiador José Eduardo Franco. O escritor Miguel Real em “A arqueologia onesimiana da Mensagem de Fernando Pessoa” lança o seu olhar arguto na análise explicativa estruturada de Onésimo sobre Mensagem (1934) de Fernando Pessoa. A questão das “mundividências” é tratada pelo investigador João Maurício Brás em “ A importância de ler De Marx a Darwin – A Desconfiança das Ideologias – Um Esquecimento Inaceitável”, ressaltando a importância dessa obra que abraça o pensamento ético-social e político. No "A Ética na obra de Onésimo Teotónio Almeida”, José Henrique Silveira de Brito, discute sobre uma temática transversal aos eixos do seu pensamento, como o relativismo ético e cultural. “ Lies we live by – Notas sobre Pessoa, Portugal e o Futuro” é fruto de reflexão de Paulo Alexandre Pereira sobre “a multímoda personalidade” em prefácio crítico a Pessoa, Portugal e o Futuro. Encerra este livro o ensaio “Onésimo (historiador da ciência) em contexto” de Francisco Contente Domingues.
Ao cabo desse grande enredo “Onésimo Único e Multímodo” gostava de dizer que os autores estão de parabéns. Excederam em qualidade e informação. No entanto, “no apito final” entrega o João Brás – “estamos longe de esgotar o universo onesimiano”.
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N°11- junho 2015
O Caleidoscópio Cultural de Onésimo em 45 Olhares
Lélia Pereira Nunes
Aceitei, sem pestanejar, apresentar Onésimo, Único e Multímodo (org. João Maurício Brás, Opera Omnia,2015), na sessão de lançamento na “XVI Correntes d’Escritas,” na Póvoa de Varzim. O livro compreende uma coletânea de textos e um memorial fotográfico de Onésimo, um bem apanhado corisco nas mais diferentes fases da vida e nos mais diferentes lugares do mundo.
Contei aos amigos escritores: os gaúchos Luis Antonio Assis Brasil, Luís Fernando Veríssimo, e o ilhéu catarinense, Sergio da Costa Ramos – vou à Póvoa de Varzim apresentar um livro sobre o Onésimo Teotónio de Almeida. Por email, saudaram a pessoa Onésimo e a obra que acabara de sair ressaltando o seu inegável valor cultural e literário. “Como insular português, Onésimo é como o ilhéu madeirense Cristiano Ronaldo: um superlativo, um “must”. Joga bem em todos os setores do campo: no ensaio, no conto, na crônica”, escreve, em bom humor insular, Sergio da Costa Ramos.
Ao identificar os autores percebi a “saia justa” que me metera. Apresentar um livro comemorativo aos 50 anos de vida literária e, sobretudo, que reunia um expressivo conjunto de textos sobre a pessoa, o professor, a obra literária e filosófica de Onésimo, dando a conhecer por intermédio de vozes e olhares da melhor “cepa”. Enfim, quem sai na chuva é pra se molhar…
João Brás, na Introdução, enfatiza: “se a obra de O.T.A. apresenta uma totalidade indissociável, é a sua faceta menos conhecida – a de pensador e ensaísta – que é mais significativa e mesmo fundamental.” (p.10). É consenso entre os 45 autores que a sua obra constitui uma unidade temática visível sob diferentes gêneros e matizes.
O escritor João de Melo descortina essa singularidade – de “Único”, ao mesmo tempo em que reconhece a dificuldade de pensar nele “como um só” porque vê escancarada a sua pluralidade “Multímoda” e, assim pensando, nomeia o título do seu texto, que acabou intitulando o livro: “Único e Multímodo”.
O livro mostra o valor da obra de Onésimo Teotónio de Almeida, aponta a importância de se conhecer, ler, estudar e, acima de tudo, promover o debate de suas ideias e propostas. Soma-se a tudo isso a sua incrível capacidade de contar anedotas, piadas e fatos corriqueiros que, na boca do Onésimo, viram acontecimentos dignos de uma salva de tiros. Aí é que reside a arte de narrar. Milagre? Não, dom divino e dos bons. E o Onésimo sabe bem contar e conta muito…
Pensando bem “Onésimo Único e Multímodo” daria um bom samba-enredo de Escola de Samba. Pego o gancho dessa metáfora para falar do conjunto de textos reunidos em quatro secções principais. Ou seriam “alas”? Deixo a bateria entrar no recuo enquanto desfila cada ala com harmonia, evolução e cadência. Sem dúvida, nota 10 em todos os quesitos!
A primeira secção, a Comissão de Frente, o carro Abre-Alas é “Onésimo de Vários Ângulos”, o olhar derramado sobre a pessoa e universo de O.T.A. Temos à frente José Blanco “Apresentando Onésimo Almeida”, segue George Monteiro, colega de muitas décadas na Brown University, que como um “mestre sala” faz mesuras em “Toda gente conhece Onésimo.” Confessa que poderia espraiar-se sobre a amplitude e variedade da sua escrita, mas prefere lançar seu olhar para o humanismo de Onésimo. Manuel Assunção em “Onésimo: nunca sem espanto, sempre sem desânimo”, esboça um retrato do nosso autor. Num texto saboroso, Manuel Assunção lembra a dimensão de humorista de Onésimo que é fenomenal, mas que não se pode separar da sua dimensão de filósofo. Gabriel Magalhães em “Os sete realismos de Onésimo” recorre à metáfora de uma rede de metropolitanos – as linhas identitárias, para melhor entender o tema do realismo “apaixonado” presente na obra e no seu pensamento. O açoriano Victor Rui Dores traça uma perspectiva da biografia e da obra em “Onésimo para principiantes”. Eu escrevi “Onésimo, um Homem de Epifanias” e Álamo de Oliveira, em “Nunca é possível dizer tudo sobre”… conduz-nos pela temática dos Açores e da açorianidade. Isabel Aragão partilha “Apresentando um novo Doutor Honoris Causa” que fez na cerimónia de Doutoramento Honoris Causa atribuído a Onésimo Almeida, em 2013, na Universidade de Aveiro. O físico Manuel Paiva reverencia “Onésimo, o melhor das duas margens do Rio Atlântico.” Luís Diamantino Batista, em “Onésimo”, Manuela Ribeiro com “Um Encontro e um Testemunho” e Maria da Conceição Nogueira em “A força das Correntes” reconhecem o grande amigo das Correntes d’Escritas promovida na Póvoa de Varzim pelo pelouro da Cultura.
Segue a secção “Do Aluno ao Professor” com passadas coreografadas na memória do professor e dos alunos. Depoimentos que louvam o “aluno invulgar” do antigo professor, Artur Goulart e o “magistral professor” de seus alunos. É a palavra cheia de gratidão diante do professor, sábio, ético, humano, amigo.
A terceira parte “Sobre o Escritor e Criativo” refere-se ao seu universo literário. Da magia do imaginário e do brilho da criação. Será muita ousadia dizer que esta secção poderia ser comparada à “ala das baianas”? Na visão de Otília Pires Martins, “Onésimo, o homem poliédrico, leitor omnívoro e viageiro incansável.” Descreve o “andarilho insaciável” e suas errâncias e deambulações em que tudo se transforma em matéria literária[…]”(p.165) Fica-se com um querer mergulhar nessa “geografia (senti)mental onesimiana”. Ana Bernardo, faz o “Relato de uma Leitora” encantada por suas humoradas crônicas e admiradora da pungente obra. No criativo “Onésimo Teotónio Almeida, Trajectória, Estória e Stilus”, o escritor galego, Carlos Quiroga, compara o volume da obra de Onésimo à abundância de um Amazonas, após a confluência das águas frias e barrentas do Rio Solimões com as águas quentes e pretas do Rio Negro, que se agiganta e corre poderoso. Assim é, “a trajectória onesimiana.” Vou além com a metáfora…basta somar a obra vultosa, velocidade da trajetória, estilo único e o espírito “viramundo” e temos o Onésimo – comparável ao próprio “fenômeno da Pororoca” que é o encontro estrondoso do Riomar com o Atlântico. As singularidades do “homem e do cronista” foram dimensionadas por Eugénio Lisboa em “Onésimo: a eterna surpresa”. Leva-nos a perceber que tanto o humorista como o filósofo “são ambos, afinal, membros chegados da mesma paróquia” (p.194).
Abordam o universo criativo e memorável de Onésimo os vigorosos ensaios: “(Sapa)teia Americana: (a)ventura do português pelo mundo repartido” de Teresa Martins Marques; “Para fixar esses bocados de vida real…Aventuras do Nabogador & outras estórias-em-sanduíche” de Erik van Achter; “Um diacronista” de Ernesto Rodrigues; “Onésimo, a busca de uma Teoria do tudo ou o grão da voz?” de Annabela Rita, e “ Um Onésimo pode esconder outro” de Teolinda Gersão. Em todos, identifica-se o respeito ao talento criativo do escritor.
A última ala “Sobre o Ensaísta e Pensador” aborda as várias dimensões dessa vertente fundamental da obra de O.T.A.como o debate sobre a questão da Identidade, uma as principais linhas de sua investigação. Assim sendo, temos Ana Paula Coutinho com “As hifenações de Onésimo Teotónio Almeida e no âmbito da Filosofia e das Ciências Sociais, José Cândido de Oliveira Martins oferece-nos “A matriz da insularidade e problematização da identidade cultural no ensaísmo de Onésimo Teotónio Almeida.” Já o escritor açoriano, Vamberto Freitas, apresenta um panorama global da obra e a contribuição de Onésimo para toda sua geração quanto aos estudos açorianos, no ensaio “ Onésimo Teotónio Almeida e os Açores na modernidade”. A questão cultural em Onésimo está no “ Onésimo ou a nossa consciência crítica” do historiador José Eduardo Franco. O escritor Miguel Real em “A arqueologia onesimiana da Mensagem de Fernando Pessoa” lança o seu olhar arguto na análise explicativa estruturada de Onésimo sobre Mensagem (1934) de Fernando Pessoa. A questão das “mundividências” é tratada pelo investigador João Maurício Brás em “ A importância de ler De Marx a Darwin – A Desconfiança das Ideologias – Um Esquecimento Inaceitável”, ressaltando a importância dessa obra que abraça o pensamento ético-social e político. No "A Ética na obra de Onésimo Teotónio Almeida”, José Henrique Silveira de Brito, discute sobre uma temática transversal aos eixos do seu pensamento, como o relativismo ético e cultural. “ Lies we live by – Notas sobre Pessoa, Portugal e o Futuro” é fruto de reflexão de Paulo Alexandre Pereira sobre “a multímoda personalidade” em prefácio crítico a Pessoa, Portugal e o Futuro. Encerra este livro o ensaio “Onésimo (historiador da ciência) em contexto” de Francisco Contente Domingues.
Ao cabo desse grande enredo “Onésimo Único e Multímodo” gostava de dizer que os autores estão de parabéns. Excederam em qualidade e informação. No entanto, “no apito final” entrega o João Brás – “estamos longe de esgotar o universo onesimiano”.
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