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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de MARCOLINO CANDEIAS
1952-2016
Comunidades 02 mai, 2016, 01:19

MARCOLINO CANDEIAS 1952-2016

Marcolino Candeias, poeta
1952-2016

Faleceu neste 1 de Maio de 2016, na cidade de Angra do Heroísmo, o poeta Marcolino Candeias.
Uma das vozes preciosas das Letras e da Cultura açoriana.

Nascido em Cinco Ribeiras (Ilha Terceira), em 1952. Residiu em Montreal (Canadá),onde exerceu as funções de Leitor de Português na Universidade de Montreal, onde além da língua ensinou Cultura Portuguesa e Brasileira.

É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e bacharelado em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra. Exerceu a docência nas universidades dos Açores, de Coimbra e de Montreal (Canadá).

Foi diretor da Casa da Cultura da Ilha Terceira , Diretor Regional da Cultura, Presidente do Gabinete da Zona Classificada de Angra do Heroísmo e Director da Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo

Poeta, da Geração Glacial, que trouxe um grande contributo à produção literária nos Açores. Tido como uma das vozes marcantes da poesia açoriana, publicou dois livros de poesia e tem colaboração dispersa em publicações portuguesas e estrangeiras; tem alguns poemas traduzidos para inglês e eslovaco e está representado em variadas antologias poéticas nacionais e estrangeiras.

Ao referenciar,brevemente, a sua biografia o Blog Comunidades presta a sua última homenagem ao poeta terceirense Marcolino Candeias com reverência ao amigo e admiração ao poeta que jamais será esquecido.
Reitero as palavras ditas no post do Facebook, hoje pela manhã,tão logo a notícia atravessou o Atlântico Sul.
Unimos a nossa voz "a todos os seus amigos neste momento de grande tristeza, da orfandade de sua pena iluminada, do seu humor gostoso, do seu jeito doce e elegante de ser e do amigo "Marcolino" ou do " Angra brother " do Diniz Borges, José Henrique Alamo Oliveira, Urbano Bettencourt, Joel Neto, Onésimo Almeida, Vamberto Freitas, Eduardo Bettencourt Pinto, Eduíno de Jesus, Vasco Pereira da Costa,Ivo Machado e tantos nomes mais da grande malta açoriana das letras. "

Lélia Pereira Nunes e Irene Maria Blayer
      Blog das Comunidades
        1 de Maio de 2016

Para assinalar esta homenagem três  momentos:

A sua palavra escrita no poema:

 BREVE DISCURSO AOS MEUS AMIGOS

Meus amigos

meus amigos de escola meus amigos de liceu e de universidade

que juntos fizemos a maqueta de um novo mundo

meus amigos de pândega meus amigos das touradas da minha adolescência

que uns aos outros nos embriagámos de tanta esperança.

Oh meus amigos de café de cerveja gelada e coração fervente

que resolvíamos a paz e a guerra e inventávamos a justiça social

todos os meus amigos das artes que sonhávamos até ao clímax da fúria

a utopia suprema

e expurgámos do mal todo o universo para o fazer só de beleza.

Meus amigos da ciência

que em serões enchíamos de generosidade as retortas do progresso

em que inventámos novas energias e as novas maravilhas do paraíso terrestre

e por que não

dos meus amigos os melhor penteadinhos das ideias então apenas futuros

hoje consagrados já vedetas mesmo fragatas e cruzadores da política

— se é que na política meu Deus aqui pra nós o Senhor acha que?

Ah todos os meus amigos sem falhar nenhum

intelectuais semi para-intelectuais e sindicalistas

quantos quintais de verbo imolámos ao porvir.

Meus amigos todos do mundo inteiro que nunca conheci que nem hei de conhecer

meus inimigos e mesmo os menos amigos

toda a charanga da imprensa escrita e da falada

e mais a do cochicho e a do dizquedizque também.

Todos.

Ah meus amigos meus inimigos

nós que inventámos a computação de bolso e o laser

nós que viajamos no imo do invisível

nós que fazemos a carambola com neutrões

nós que manipulamos a ADN como um castelo de Lego

nós mesmos que bordejamos as costas do cosmos

nós os que glorificamos

nós os que descreditamos

nós os que desacreditámos da democracia

e quisemos o mundo livre e melhor

nós que gravamos no perfeito absoluto da matéria

a perpetuidade do Hino à Alegria

nós que operámos tanta maravilha.

Nós que fazemos Jugoslávias e permitimos Somálias e Timore

e que incubámos novas suásticas

sob a asa da nossa inconsciência.

Nós que por lucro e desleixo fazemos marés negras

e por conveniência e hipocrisia

ousámos admitir que dos falos fumegantes da indústria

era Juno mesma que se ejaculava

em jactos de progresso sobre as nações da Terra.

Nós que criamos as chuvas ácidas

cuspindo para o ar nossa arrogância

nós que satisfeitos e inconsequentes

multiquotidianamente abrimos a porta do frigorífico

e que de higiénicos tanto apertámos o desodorizante

que mesmo daqui debaixo

rasgámos as cuecas de S. Pedro.

Nós que nem mesmo já precisamos de alma

para sermos humanos e imortais.

Nós que

já nem de nós mesmos conseguimos dizer as maravilhas.

Nós operámos o inoperável

e arrotando à glória de Deus realizámos o impossível.

Marcolino Candeias

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

 
A palavra de outra voz tereirense,o escritor Joel Neto:
Marcolino Candeias (1952-2016).

Poeta de muitos poemas, mas também de "Ode A Angra Minha Cidade em Tom de Elegia", em torno do qual gravita um capítulo inteiro de "Arquipélago.

Não chegámos a tomar o café com que pretendíamos celebrá-lo.

A minha última homenagem aqui:
https://youtu.be/3Eo63pIJQm4

*******************************

E por último, a derradeira entrevista dada ao escritor VICTOR RUI DORES

http://www.rtp.pt/play/p2121/e226558/Conversasacorianas

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