AÇORIANIDADE,VISTA DE CÁ
O Colóquio “Mundividências da Açorianidade”,realizado na Universidade dos Açores em novembro de 2009 refletiu sobre a concepção de açorianidade do ponto de vista de historiadores,filósofos,cientistas sociais,escritores,enfim investigadores de diferentes áreas do conhecimento. Açorianos do arquipélago e da diáspora.
Ignoro se a “açorianidade” da margem de cá, aquela que sobrevive há 262 anos e que se mantém frutuosa,mereceu alguma reflexão. Como por exemplo sobre os usos e costumes ,os modos de ser e estar desses que fizeram a grande travessia do século XVIII. Foram quase 6 mil açorianos que continuam vivos em nosso patrimônio cultural e social, a nossa identidade. “ Se os descendentes daqueles pioneiros, com bem escreveu o escritor Assis Brasil na páginas da Revista Magma (CM.Lajes do Pico,2008), “ já são da terra; já conjugam os verbos brasileiros e declinam o extenso léxico da pátria ao Sul do Equador; seu imaginário, porém, é continuamente enriquecido pelo conhecimento dos Açores, e tanto em Santa Catarina, como no Rio Grande do Sul, as ilhas estão presentes no quotidiano, fazem parte de nós, e a elas recorremos quando nosso imaginário não é suficiente para nos assegurar um lugar neste mundo”.
Tenho escrito com frequência sobre as vozes da literatura, das artes plásticas, da fotografia, do cinema,da música. Vozes da nossa gente expressas de tantos jeitos e trejeitos. Gente da Ilha que carrega outra ilha dentro de si com a devoção de uma irmandade atlântica e açoriana.
A nossa açorianidade se assenta no passado,mas não é passadista. Até porque as culturas não são estáticas e sim dinâmicas. Elas evoluem. Expandem. O homem é o construtor da sua cultura e a promove no seu cotidiano,na representação dos símbolos e rituais, dos valores e tradições. Criador e criatura carregam suas marcas e a reproduzem de geração em geração
Para entender as mundividências da açorianidade, vista de cá, aí estão IMAGENS que por si refletem a AÇORIANIDADE presente no extremo Sul do Brasil,sobretudo no litoral de Santa Catarina.
* Literatura Catarinense :Sérgio da Costa Ramos – ( Ilha Terceira.)
* Música Popular: Jorge Coelho (IlhaTerceira)
* Folclore: Grupo de Sombrio,extremo sulcatarinense. Jovens da Escola Secundária,
A Décima Geração!
*Artes Plásticas: Vera Sabino. 40 anos pintando a Mulher e os fervores da Ilha
* Patrimônio Cultural: Mercado Público onde o ilhéu se encontra,a alma da cidade
* A Pesca: “Onde há rede há renda…”
* A Rendeira: As rendeiras da Ilha ensinam com sua arte secular, a justaposição da memória coletiva de uma certa antropologia da intuição, a arquitetura da renda, num antigo ritual de celebração telúrica, poética e mítica no entrelaçar de linhas e bilros por trilhas da Ilha e do continente ali em frente. A linha flana suave no tempo, nos lugares, nas gerações, enquanto bilros voam ágeis na memória quase esquecida e, agora, renascida em olhares rendados da mulher. Mãos enrugadas, mãos jovens, sem idade, tecem o mapa da nossa geografia de afetos e cantam o mar, o vento sul, a rosa, o cravo, o manjericão, a nossa história cultural.
A Festa do Divino Espírito Santo na Lagoa da Conceição,Florianópolis: Entrega da Coroa e Cetro do Espírito Santo
* Nossa gente: Bar do Arante – Bandeira dos Açores entre as Mensagens do Mundo
* Aniversário da Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina
Presença da Diretora da Direção Regional das Comunidades,Dra.Rita Dias,fortaçecendo laços…
*Créditos e legenda das Fotos:
1. Ilha -Larissa Nunes Martins
2. Exposição Imagens Açorianas de Santa Catarina de Arante Monteiro Filho(L.Nunes,2009)
3- Do escritor SCRamos: Jamira Furlani, www.avai.com.br
4 e 5: Jorge Coelho / Casa do Vigário: (LNunes,2009}
6 e 7 Acervo Lélia Nunes e Blog Fundação Badesc
8. Galeria de Fotos da SANTUR(I.Machado)
8. Pântano do Sul (L.Nunes)
9. Rendeira da Ilha(L.Nunes,2009)
10.Acervo Caminhos do Divino, Lagoa da Conceição,década de 70.
11 e 12. Bar do Arante,L.Nunes
13 e 14.Acervo Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina.