ALMA AÇÓRICA (62)
Nos Açores o verbo ensimesmar assenta como “o mar em nós mesmos”, talvez por isso, se diga que somos reflexivos e que gerámos e continuamos a gerar grandes vultos. Só assim entendo, por exemplo, as nossas mais de 100 filarmónicas que, sendo “conservatórios populares, projectam ensinamentos e dimensões da nossa alma. Num ensaio dessas filarmónicas, pessoa abastada que gostava muito de “cramar”, importunou o maestro que lhe respondeu: ” os nossos bens são para os nossos males” …
ALMA AÇÓRICA (63)
As questões ambientais entraram no quotidiano como factor de desenvolvimento, com mais ou menos polémica, ainda que os moderados defendam que se devem utilizar os recursos até determinado limiar, optimizando a sua gestão. Passou o tempo das estrumeiras nos logradouros quando não havia recolha de lixo, mas também, era quase tudo biodegradável…o que persiste é a pá do lixo, “apanhadeira ou cisqueira”…