(Joan Miró 1893-1983)
ALMA AÇÓRICA (70)
Ao tomar o primeiro café de 2013 lá tive que dar o número do contribuinte, de acordo com a nova legislação em vigor…vendo a trabalhadora desesperada para a atender outros clientes, um açoriano mais velho comentou: “o Gaspar está como os gatos assoeirados (leia-se assoleirados), esfomeado, deram-lhe comida e ele nunca mais deixa a soleira das nossas portas”…
ALMA AÇÓRICA NATAlÍCIA 69
Sem dúvida que em torno do Presépio inspira-se o cheiro do Natal. No passado, no Presépio pontificavam os pratos com trigo imitando pastos verdes, musgo, rochas, água, miniaturas de pessoas e animais dando vida ao ambiente físico recriado, até às imagens na gruta com o galo empoleirado…Tempo de muito artesanato, de “azevim”, de luz de azeite, milho torrado, licor de tangerina , aguardente, figo passado e canja de galinha…até às variadas iguarias de hoje! Com mais ou menos comida e prendas, o Natal sempre foi tempo de aquietar a maldade e de exercitar a bondade…Continua a ser assim, pela força a mensagem, da tradição e numa dimensão menos genuína, mas real, do comércio, ou seja, da luta incessante entre o “ser, o estar” e o “ter”…