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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de Aniversário de  Anita Garibaldi —
Comunidades 01 set, 2014, 17:04

Aniversário de Anita Garibaldi —


Anita - Johann M.Rugendas,1802-1858.


Hoje, 30 de Agosto celebramos o aniversário de Anita Garibaldi, Anna Maria Ribeiro de Jesus, ou simplesmente Aninha do Bentão.

Embora, a data e o local de seu Nascimento ainda sejam motivos de grandes debates entre lagunenses,tubaronenses e lageanos - 30 de Agosto de 1821 é a data aceita e festejada.

"Admirada no Brasil e idolatrada na Itália, nasceu em 30 Agosto de 1821 vindo a falecer em 04 de agosto de 1849, a humilde jovem lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Aninha do Bentão, uniu-se a um revolucionário, foi soldado, enfermeira, esposa e mãe. Em todos os papéis, sua batalha sempre foi travada em nome da liberdade e da justiça. Tornou-se assim Anita Garibaldi, a "Heroína dos Dois Mundos".

Menina de origem humilde, sem nenhuma instrução, calça seu primeiro sapato já moça. Porém, possui uma tenacidade e um amor à liberdadesó reservada aos grandes vencedores.

Assim Garibaldi refere-se a Anita, quando dita sua biografia a Alexandre Dumas: "Era Anita a mãe dos meus filhos, a companheira da minha vida nas boas e nas más horas, a mulher cuja coragem tantas vezes desejei fosse minha". Foi dentro desta cumplicidade, só existente entre quem vive um grande amor, como o que viveram Anita e Garibaldi.
Anita participa das lutas em Imbituba, na tomada de Laguna, e em Curitibanos, onde foi capturada. Consegue fugir e em Lages, às margens do Rio Pelotas, cuida dos poucos sobreviventes feridos. Seus gestos de bravura e coragem, quando em defesa de seus ideais de liberdade, lhe renderam o título de "Heroína dos Dois Mundos" (recebe este título em função de ter lutado primeiramente aqui na América e morrer lutando na Europa, mais precisamente na Itália, por seus ideais).
Na atitude natural dessa heroína simples existe a força convincente de um símbolo. E é cultivando nossos heróis que assumimos os compromissos do presente, dos quais resultarão as realizações do futuro." Lígia Stoeterau,historiadora.

"Filha do povo"
"Ana não era nenhuma formosura de dama unânime e universal, mas tão somente uma fisionomia a traços puros e severos, revelando um espírito varonil, inabalável em seus sentimentos e afetos. Era uma dessas filhas do povo a quem a natureza dotara com caracteres definitivos, imutáveis, almas austeras, amando uma só vez na vida e com abnegação e heroicidade." (Virgílio Várzea,escritor marinhista)

"Luz e fascinação"
"Sem ter sido formosa propriamente, nem possuidora de sólida cultura, onde quer que Anita Garibaldi aparecesse, dela se irradiavam a luz e a fascinação de uma extraordinária personalidade, duma vontade inquebrantável e senhorial; luz e fascinação poderosas a ponto de constrangerem ainda hoje - impossível a presença física de Anita - até mesmo a um pessimista que se dispuser a detalhar a biografia. A mera curiosidade inicial do estudioso brevemente cederá lugar à atenção maior..." (Wolfgang Rau,arquiteto,grande estudioso de Anita Garibaldi)

fonte: http://www.lagunainfoco.com.br/index.php/laguna/anita-garibaldi

Fuga de Anita,óleo sobre tela
Willy A.Zumblick (1913-2008)

História inspira produção cultural
         Celso MARTINS

Das quadrinhas do século 19 à avenida Marquês de Sapucaí(1999), história de Anita Garibaldi estimula a criatividade de nomes das artes plásticas, cinema, literatura e música

A produção cultural envolvendo o nome de Anita Garibaldi é farta e diversificada, abrangendo as letras, as artes plásticas, o cinema, o teatro e a música. As primeiras manifestações são as singelas quadrinhas, ainda do século passado, como as localizadas por Saul Ulysséa e publicadas em Coisas Velhas.
 Lá vem a garça voando/ Com as penas que Deus lhe deu/ Contando penas por penas/ Mais penas padeço eu, diz um.
O outro responde:
 Os teus olhos têm meninas/ Essas meninas têm olhos/ Os olhos dessas meninas/ São meninas dos meus olhos.

Outras quadrinhas se tornaram mais populares ainda. Anita Garibaldi/ Foi à missa sem balão/ Assim que o amigo soube/ Quase morreu de paixão.
 No começo deste século o célebre Gabriele D’Annunzio escreveu La Canzone di Garibaldi (Treves, Milão, 1907), cantando a heroína Anita no momento da retirada de Roma em 1849. Ainda em 1907 Giovanni Marradi aparece com seu Rapsodie Garibaldine (Barbera, Florença), onde cantou: As brasileiras/ florestas e as praias que o oceano lava/ viram passar entre raios a fulva/ cabeça do caudilho/ enquanto a seu flanco galopava Anita, com o coração de Bradamante e Fiordiligi./ Cenaura incansável e audaz/ envolvida de relâmpagos em meio à tempestade,/ corria, esporeando, o Pampa infinito.

_________________________________________

Retrato de Anita
Maura de Senna Pereira

É filha de rei
esta que vamos celebrar?
Vestiu-se de ouro e prata
teve pérolas nos dedos
colar de água-marinha
axorcas e tiaras
teve manto de rainha?

Não é filha de rei
nem mulher de grão-senhor.
Não cintilou de pedrarias
e não nasceram em castelo
os frutos do seu amor.

É uma filha do povo
e mulher de espadachim.
Usou vestido singelo
e cinto de couro cru.
Escandalizou o seu burgo:
fugiu com um louro guerreiro
os pés morenos afoitos
no peito uma rosa brava.
Não teve filho em castelo
mas foi mãe de generais.
Não teve reis a seus pés
mas tem o culto dos povos.

É a Heroína de Dois Mundos
que vamos celebrar.

Lutou no convés dos navios
pela República Juliana.
Lutou de espada na mão
pela unidade italiana.
Passou fome passou frio
dormiu noites ao relento.
Na própria terra natal
caiu um dia prisioneira
e julgou morto seu amado.
Ah, figura de tragédia:
face bela transtornada
um archote na mão pálida
espiando rostos mortos.

Mas o amado não achou
esperança renasceu
toda épica fugiu
sobre o dorso de um cavalo
cabelos soltos ao vento.
Vinte léguas até Lages
a heroína percorreu.
(Ao vê-la surgir da noite
galopando em seu corcel
os guardas fogem de espanto:
Era centauro? aparição?)
O coração ardente batia
sob a lua fria da serra
e com o primeiro filho no ventre
moça guerreira corria
para seu amor encontrar.

É a Musa da Liberdade
que vamos celebrar.

Eis então que o seu rosto
não mais o vemos contido em nenhum quadro
e sim transfigurado, repartido pelo universo.
Os cabelos parecendo faíscas
presos ao solo europeu.
O queixo fincado na barra da Laguna.
Profundos olhos, rasgados mundos
brilhando como estrelas
pousados sobre os povos.

Oh, e os lábios se abrirem como outrora
para invectivar
aquele que oprime o seu semelhante
e aquele que se esconde na hora de lutar.

É Anita Garibaldi
que vamos celebrar.

(Declamado pela autora por ocasião da inauguração do monumento
de Anita Garibaldi, na cidade de Laguna, a 20 de setembro de 1964).

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