Na obra O Padre Antônio Vieira e os Judeus(2004), Arnaldo Niskier escreve sobre os ideais humanistas que permearam a vida e a obra de Antônio Vieira, no Brasil Colônia,sobre a participação ativa do jesuíta no combate aos invasores holandeses, e sua ação junto aos judeus e cristãos-novos que aqui vieram viver. Comenta para finalizar as palavras proféticas de Vieira a respeito das questões políticas e religiosas, que no início do século XX, atingiriam a população judaica vivente no Brasil, estendendo-se até a criação do Estado de Israel. Uma obra que lança luzes sobre Vieira e documenta a sua própria história familiar.
Arnaldo Niskier,nascido no Rio de Janeiro, em Pilares, era filho de imigrantes judeus-poloneses. Teve uma infância pobre vivendo no cenário mágico do Rio de Janeiro a cidade que sempre o encantou. “… conheci os surpreendentes labirintos da pobreza, da falta de perspectiva, do pão incerto, da incerta vida.”
Muito jovem escolheu as duas grandes vocações que abraçaria por toda a vida: o jornalismo e o magistério. Trabalhou na Manchete como repórter e revisor. A paixão pela Imprensa não impediu que seguisse a carreira do magistério. Conquistou a cátedra, por concurso público, na Universidade Federal do Rio de janeiro. Escreve em vários jornais cariocas, assinando colunas ou através da publicação de inúmeros artigos.
Membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 22 de março de 1984 para a Cadeira n. 18, na sucessão de Peregrino Júnior, foi recebido em 17 de setembro de 1984, pela acadêmica Rachel de Queiroz. Sendo eleito e releito presidente da Academia Brasileira de Letras em 1998-1999). Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa (1999).
Doutor em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro é considerado um dos grandes educadores brasileiros. Um grande conhecedor dos problemas da educação e da cultura. Em 1989, publica a obra fundamental Educação brasileira: 500 anos de história (1500-2000). Ao educador, professor, administrador, ensaísta e jornalista acrescenta-se o debatedor dinâmico, o orador fluente em constante defesa da melhoria da educação, sempre preocupado com a realidade sócio-cultural do País e com o futuro das novas gerações. Sua biobliografia atesta ser Arnaldo Niskier reconhecidamente um apaixonado do ensino, reunindo as qualidades do professor e do educador, na mesma linha dos grandes mestres brasileiros , os ícones: Anísio Teixeira a Paulo Freire. Secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro (nomeado em 30.03.2006) e Presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional – (2005).
“Educação, para A.Niskier é o maior desafio do Brasil do presente e do futuro, o impulso objetivo para a redenção nacional…”
Talvez por isso tenha se dedicado, também, à literatura infanto-juvenil. “Dom Quixote para Crianças” Uma adaptação do romance do espanhol Miguel de Cervantes(1547- 1616), com ilustrações do artista plástico Mário Mendonça (73) foi muito aplaudida pela crítica literária quando de sua saída. Publicou, nessa área, cerca de trinta livros, alguns dos quais adaptados posteriormente para o teatro, com grande êxito.
Produziu letras para musicais infantis, como as seguintes trilhas sonoras: “A Constituinte da Nova Floresta”, “O Boto e O Raio de Sol”, “A República das Saúvas”, “O Saruê Astronauta” e “O Dia em que o mico-leão chorou”.
Suas Mais recentes Publicações:
Novos Rumos da Educação Brasileira. João Pessoa: A União Editora, 1999.
Sempre, de Sempre. Correspondência com João Lyra Filho. Uma contribuição à história da UERJ. Rio de Janeiro: Consultor, 2000.
Na Ponta da Língua. 600 questões práticas de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Centro de Integração Empresa-Escola–CIEE, 2000.
Pensamentos / Educação (seleção). Rio de Janeiro: Consultor, 2000.
Filosofia Educatei. Tradução romena de Filosofia da Educação: uma Visão Crítica. Bucareste: Editora Econômica, 2000.
A Árvore da Educação. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2000.
Educação Brasileira – 500 Anos de História. História visual. (Textos em português, inglês e
espanhol). Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte – Funarte, Ministério da Cultura, 2001.
Shach – As Lições de um Sábio (A vida e os ensinamentos de Shabettai Ben Meir Ha-Cohen). Rio de Janeiro: edições Consultor, 2001
Filosofia da Educação – Uma Visão Crítica. Edição revisada e ampliada. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
Maria da Paz (romance). Rio de Janeiro: Editora Mondrian, 2002.
Frente a Frente. (Entrevistas com várias personalidades). Rio de Janeiro, 2002.
Uma Visão Crítica da Educação Brasileira. São Paulo: CIEE, 2003.
A Educação da Mudança. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2003.
Na Ponta da Língua I – 2001.
Na Ponta da Língua II – 2003.
Na Ponta da Língua III – 2005.
O Padre Antônio Vieira e os Judeus. Rio de Janeiro: Editora Imago, 2004.
A Magia da Educação. Rio de Janeiro: Editora Mondrian, 2006.
Vozes da Educação. Rio de Janeiro: ABL
A palavra do Educador e homem de Cultura ARNALDO NISKIER sobre o Acordo Ortográfico…
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Fontes:http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=250&sid=209
http://www.criticaliteraria.com/Arnaldo-Niskier