LUAR DA MINHA TERRA
Doce luar da terra onde vivi,
Luar branco do meu recanto amado…
No desterro onde a vida me há levado,
Quantas vezes suspiro eu por ti…?
Meu doce luar… Eu nunca mais vi,
Do teu brilho o candor imaculado,
Iluminando cálido o telhado
Dessa sagrada casa onde nasci…!
Como eu recordo agora com saudade
Os tempos sãos da minha mocidade,
E… os anos da infância também…
Quando à noitinha, sob o teu olhar,
Eu ficava esquecido, a contemplar…
O rosto lindo e são de minha Mãe…!
Cristovam de Aguiar,
Sonetos da Juventude, Inédito.
Cristóvão António Soares de Aguiar (1935), funcionário público aposentado, natural da freguesia de Bretanha, ilha de S. Miguel, reside em Lisboa.
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