Que saudade do Daniel de Sá
(dois anos sem Daniel)
Há dois anos, no dia 27 de Maio de 2013,
lamentamos a partida do escritor Daniel de Sá, deixando-nos órfãos do seu
saber, da sua palavra sempre pronta, da ternura de atitudes, da sua lealdade e
frontalidade, da sua amizade, hoje, quero prestar a minha homenagem a Daniel de
Sá, açoriano da Maia, homem de muitas letras, sábio, mestre e querido amigo.
Dois anos…como o tempo corre!
Corre, mas não apaga os registros inovidáveis da
nossa memória.
Daniel, será sempre lembrado por sua escrita de respeito à condição humana e de
amor à terra, desvendando-lhes a alma, gravando verdades ou, simplesmente,
contando histórias – retratos da vida real – harmonizando-as com o tempo que
passa, com a inesgotável memória, seu universo ficcional. No ensaio "Daniel de
Sá e o Universo da Compaixão" o historiador micaelense, José Medeiros Ferreira,
com aguda lucidez comenta: "Daniel de Sá no seu universo da compaixão tudo e
todos quer abraçar, através de seu talento criador e da sua persistente
dimensão ética."
A ausência de Daniel de Sá será preenchida por lições incontáveis e
inesquecíveis, muitas estórias documentadas por uma escrita inteligente,
versátil, espirituosa, prenhe de verdades. Um homem de carácter generoso, afável na maneira de ser, de estar e encarar a
vida que vale a pena ser vivida. Esse é o seu maior legado, o que
fica para sempre. Presente na obra que nos deixou.
Tenho saudade do escritor, do amigo, um ser luminoso, de uma humanidade
cativante.
Lélia Pereira Nunes
Florianópolis,27 de Maio de 2015
Ilha de Santa Catarina