Domingo na Flip: cada fim é um novo começo
Numa conversa com jornalistas durante a Flip, Gilberto Gil foi categórico. “A gente aprende ao longo da vida a não ter resoluções completas, costumo dizer que cada solução é um novo problema. O homem velho tem a capacidade de entender que as coisas não chegam ao fim.”
Foi tão bonito, e poucas coisas expressam tão bem nosso espírito neste fim de Flip. Quando a festa termina a vida recomeça. Os projetos do educativo da Flipinha, as bibiliotecas da cidade, a equipe de São Paulo… Tudo volta ao seu lugar, mas com algo diferente. “Voltar quase sempre é partir para um outro lugar”, já cantava o Paulinho da Viola.
Ensolarado e festivo, o domingo fechou com chave de ouro os cinco dias e os mais de cem eventos da Flip 2013. Flip, Flipinha, FlipZona, FlipMais, Festas de Paraty. Houve música, política, arquitetura, cinema… e muita (!) literatura.
O dia começou com a terceira mesa sobre a obra de Graciliano, assistiu ao encontro de Jerome Ferrari com Daniel Galera , à discussão sobre questões sobre literatura e revolução com Vladimir Safatle, Milton Hatoum e Mamede Jarouche. O ensaio como gênero literário foi o tema da mesa que reuniu Geoff Dyer e John Jeremiah Sullivan e encerrou-se com a já tradicional Mesa de Cabeceira, em que autores leem trechos de seus livros prediletos
Quando a noite já caia a Banda Santa Cecília e o Bloco de bonecos do Arrastão do Jabaquara, representantes de peso da melhor tradição paratiense, sairam pela cidade pondo todo mundo para dançar. A festa dava seus últimos suspiros.
Na coletiva de encerramento, havia uma sensação de dever cumprido. Muita alegria e uma certeza: no ano que vem tem mais. Que venha a 12ª Flip!
Texto da Comissão Organizadora da Associação Casa Azul – Assessoria de Comunicação Social