(…cont.)
O segundo livro de poesia de Eugénio Lisboa com um título colhido em Milton –O Ilimitável Oceano, sendo poesia do melhor quilate, tem ainda a vocação do ensaio desde logo na sua estrutura conforme os tratados clássicos: abre com um Prólogo, tem o seu desenvolvimento na secção principal – «Os Argonautas», segue-se-lhe o Epílogo e termina com Algumas Conclusões. É acção de pensar, mas é também acção de concretizar experimentando, pondo à prova uma ideia nova: a de historiar – e observe-se a rigorosa ordem cronológica das figuras historiadas -, mas também de celebrar os vultos canónicos da ciência ocidental, sendo esta uma outra forma de homenagem em Eugénio Lisboa- a homenagem da convergência.
O Ilimitável Oceano continua A Matéria Intensa não apenas como resultado da procura da palavra exacta, mas ainda como prolongamento da natureza celebrativa referida por David Mourão-Ferreira e transposta agora para as figuras cimeiras da História da Ciência da Civilização Ocidental: Thales de Mileto, Anaxágoras, Pitágoras, Empédocles, Demócrito, Euclides, Teodoro – o Engenheiro-, Arquimedes, Ptolomeu, Bartolomeu Dias, Copérnico, Galileu, Kepler, Descartes, Pascal, Newton, Bohr, Einstein, Oppenheimer e Carl Sagan (subentendido nos títulos dos poemas finais – “O Inverno Nuclear” e “O Outro Inverno Nuclear”). Entre estes argonautas do Conhecimento navega um português – Bartolomeu Dias – a mostrar que o importante na vida é dobrar o “Assombro”, desflorar o mistério, procurar como o astrónomo o“surto de algum medo” (p.17) para afinal descobrir a não-razão do medo, para tomar a coragem como meio e fim: “Dobrado o Assombro, foi que tu viste / não ser o mar diferente. Então, voltaste. / Desflorado o mistério, não existe /motivo para novo esforço: cessaste.”(p.37)
O Ilimitável Oceano continua A Matéria Intensa não apenas como resultado da procura da palavra exacta, mas ainda como prolongamento da natureza celebrativa referida por David Mourão-Ferreira e transposta agora para as figuras cimeiras da História da Ciência da Civilização Ocidental: Thales de Mileto, Anaxágoras, Pitágoras, Empédocles, Demócrito, Euclides, Teodoro – o Engenheiro-, Arquimedes, Ptolomeu, Bartolomeu Dias, Copérnico, Galileu, Kepler, Descartes, Pascal, Newton, Bohr, Einstein, Oppenheimer e Carl Sagan (subentendido nos títulos dos poemas finais – “O Inverno Nuclear” e “O Outro Inverno Nuclear”). Entre estes argonautas do Conhecimento navega um português – Bartolomeu Dias – a mostrar que o importante na vida é dobrar o “Assombro”, desflorar o mistério, procurar como o astrónomo o“surto de algum medo” (p.17) para afinal descobrir a não-razão do medo, para tomar a coragem como meio e fim: “Dobrado o Assombro, foi que tu viste / não ser o mar diferente. Então, voltaste. / Desflorado o mistério, não existe /motivo para novo esforço: cessaste.”(p.37)
Do lado da Arte apenas um nome-sinédoque – Van Gogh – símbolo do artista devorado pela sede de infinito, diríamos que a procurar exactas as cores de que precisa nas estrelas, exactamente como o poeta, para lançar mão ao infinito: “Devora-me a sede de infinito./ Que vou fazer? Como resolvê-la?/ Decido: saio para a noite e fito / o espaço nu, a luz duma estrela”.(p.51) A exactidão de Van Gogh assemelha-se à do poeta: não se trata de procurar qualquer fidelidade ao real, mas antes de obter uma transmutação da cor (na tela, no corpo do poema) para a exprimir na plenitude da sua força pictórica e poética. Quadro e poema que não mais obedecem ao cânone do “miroir qu’on promène le long d’un chemin”, conforme a epígrafe de Saint-Réal que abre o cap. XIII de Le Rouge et le Noir (e a senhora de Rênal não pode ser esquecida, pour cause…), mas que inventam um caleidoscópio de espelhos – realidade e virtualidade consubstanciadas. A poesia será, pois, ilimitável oceano, paraíso perdido, prometaico pecado original de quem se arroga o direito de roubar o fogo aos deuses.
O livro de Eugénio Lisboa, enquanto exemplo da interacção entre o pensamento humanístico e o pensamento científico, é poesia, entendida aqui na linha dualista de Octávio Paz – “filha do acaso; fruto do cálculo” (observe-se o rigor métrico destes poemas)[1] Como Thales de Mileto (p. 19) o poeta tenta compreender as leis do universo sem aos deuses recorrer : “descobrir é um reverso“.O desconhecido será o que está do lado oposto ao que se observa, mas também o que reverte, o que volta ao ponto de partida – soma de verso e anverso, soma de poesia e de história da ciência, natureza anfíbia deste livro de Eugénio Lisboa que, como Anaxágoras pergunta “Qual o fim da vida?” e responde: “O sol, a lua, os céus investigar”(p.21). Ainda aqui a metáfora do Conhecimento como busca de exactidão, de procura de sentido – do Noûs da obra do próprio Anaxágoras – algo aparentado com o Infinito, a um tempo pensamento e vontade, inteligência eterna, «everything» como dizem os físicos teóricos, Deus, como dizem os crentes, desconhecido inventável como dizem os poetas, sagrado Tetraktys de Pitágoras, raiz e fonte da criação:
“Do número, tudo nascia / outros números, a verdade, / a curva que o astro seguia, / a beleza, em vida, a cidade.” E como não há bela sem senão: “Só dentro de ti não cabia / raiz de dois ser realidade”(p.23).
Modelo de Lucrécio e Hölderlin, Empédocles, que acreditava no princípio do amor e do ódio, da atracção e da repulsa, é ele mesmo símbolo do poeta romântico, do homem dividido: “Julgava-se um deus? Pensavam que o era? / Com argumentos seus / e o uso de uma esfera, / ao ar deu existência. / Mostrando o invisível, / na sua transparência, / ele disse o indizível: / Crê só na experiência. // E teve morte ardente, / saltando à lava quente.” (p.25)
Crê-se que Demócrito terá dito: «Prefiro entender o que sei / a poder ser, na Pérsia, rei.» (p.27) E se o disse, fez bem em dizê-lo, porque esse seu saber entender fez dele na história do pensamento grego o materialista mais consistente, sendo-lhe atribuída a primeira teoria do atomismo. Diz-se que possuía avultados bens por herança, mas terá acumulado riqueza de maior monta, tornando-se, segundo Diógenes de Laércio, o homem mais culto do seu tempo. Consta que Platão lhe chamou filósofo burlão e os discípulos deste terão queimado as obras de Demócrito na praça pública. Demócrito é ainda considerado o símbolo da incomodidade do pensamento seja ele oriundo de poetas ou de cientistas. A síntese expressa nos dois versos do poema de Eugénio Lisboa não poderia, pois, ser mais apropriada.
É próprio dos poetas perscrutarem os segredos à maneira de Arquimedes: a impulsão da inspiração será igual ao peso do volume da imaginação deslocada? Suponho que ninguém saberá responder, nem mesmo o soube o físico de Siracusa. Sobre ele escreveu Eugénio Lisboa: “Nos líquidos perscrutou /o segredo vertical / de uma força que achou:/ descobrir é casual, / quando muito se pensou. (p. 33)
A busca da “mortalidade adiada” tem sido um dos principais intentos dos poetas. Assim com o astrónomo Ptolomeu sentindo que se eleva acima da sua humana condição: “Como todos, sou mortal:/ minha vida é um dia./ Mas quando sigo, fatal, / no céu que nos alumia, /a multidão das estrelas, /em seu curso circular, /sinto deslumbrado nelas, /meus pés do chão, levantar”. (p. 35) E para marcar que é a “forma de olhar” que faz verdadeiramente a diferença, diz-se de Copérnico: “O céu que viste era o céu / de Ptolomeu. Mas diferente / foi a forma de o olhar. / No modo de julgar, teu, / a Terra, astro movente, / demitiu-se de pensar /que era o centro do mundo: / assim ver, que abalo fundo!”(p.39) A ousadia, a coragem que implica remar contra a maré, contribuir para a mutação de paradigma encontramo-la nos poetas tal como nos cientistas. É a mesma a humildade e altivez no ousar, idênticas nos objectivos, diferentes nos métodos, as formas de perscrutar o movimento do mundo. É “cândido o olhar” do poeta à semelhança do de Galileu: “As leis do movimento perscrutaste, / com paciência e cândido olhar. /Com o mesmo olhar o vasto céu sondaste / humilde mas altivo no ousar.” (p. 41)
Em contraste com o mundo próximo caracterizado pela podridão, fome, conflito e pestilência, surge o espaço do Conhecimento, a “pureza da ciência” que faz a diferença e que faz avançar o mundo como no poema dedicado a Kepler: “O mundo próximo, à volta, apodrece. /Fome, mortal conflito e pestilência / turvam o dia que mal amanhece. /Segura-se à pureza da ciência: o curso aparente das estrelas. / seguindo matemática divina, / deriva, das rigorosas tabelas / do vasto cosmo, a curva sibilina.” (p. 43)
Sibilina é também a curva do Eu de Descartes que existe porque pensa e porque pensa existe: “Se penso que sou, /existo. Pensar / que sou é ser. Vou /ser o que achar / que sou. Inventou / terra, mar e ar / quem nisso pensou.” (p. 45)
O estudo dos problemas do cálculo de probabilidades fará talvez dizer a Pascal pela pena de Eugénio Lisboa: “Não penso, no vasto espaço denso, / encontrar a minha dignidade: / tão só no domínio do que penso. / Ter mundos é pura inanidade:/ qual átomo, o espaço me devora /e anula; e só o pensamento/ que me habita e em mim demora / me dá, do universo, entendimento.” (p. 47)
Alberto Caeiro talvez aceitasse dizer como o Newton de Eugénio Lisboa: “Da qualidade oculta de tudo, / não cuido, nem sei. Não é de ofício / sério sabê-lo: o tudo é mudo / e forçar-lhe a fala é sério vício. / Dos fenómenos, deduzo leis / de movimento e destas derivo / qualidades e acções: vereis / que o saber, assim, avança, altivo”. (p. 49)
A altivez do saber de Newton, mas também o seu contrário:“o tudo é mudo” ver-se-ia mais tarde cerceada pela mecânica quântica e pelos “mistérios” da indeterminação bem como das suas consequências anunciados no poema dedicado a Niels Bohr: “Os corpúsculos e as ondas / são a mesma realidade. / Assim sendo, tu já sondas / o começo de uma idade. (Perscrutar certos segredos / que a natureza escondera / é fundamento dos medos / do frio que nos espera)” (p. 53)
O frio enquanto metáfora da morte por causa natural ou por catástrofe surgirá nos poemas finais do livro . E as portas do futuro abertas pela teoria da relatividade contêm também o germen da desconfiança pelo que virá depois. Assim o lemos no poema de Einstein: “E igual a mc dois / abriu as portas do ignoto:/ o que há-de vir depois / é o frio: aqui o noto.” (p. 55)
Frio este que com Oppenheimer se transformará em fogo já que foi director de Los Alamos, a central onde se preparou a destruição de Hiroshima e Nagasaki: “Olhando o deserto em fogo, / promessa de abismos fundos, / fiz-me sentido do jogo:/ «sou morte que alisa mundos».” (p.57). “Alisar” é um verbo repassado de ironia trágica: não tem já a conotação de maciez, de suavidade, mas de erosão, de rasura, de morte, de nadificação, nulificação, como se verá em seguida nas duas hipóteses do Epílogo, a primeira das quais, intitulada “Brisas” implicitamente dedicada a Carl Sagan : “(O Inverno Nuclear)”, cogumelo venenoso pronto a explodir sobre a cabeça da humanidade:
“Brandas, as brisas alisam / aquilo que não é vida: / sossegam, calmas, deslizam, / na fria terra despida. / solenes brisas avisam / quem já ouvi-las não sabe: / mas brisas que nada pisam / fulgor de vida não cabe.” (p. 61)
A Hipótese II (O Outro Inverno) será afinal conforme ao sub-título – “O caminho da entropia” que, segundo o modelo de Clausius levaria não à teoria de Tudo, mas ao fim de Tudo: se a entropia tende para o máximo, alcançada a máxima desordem seria nula a produção de trabalho ( morte do universo) :
“Um frio estelar rouba à glória a memória./ Ao mais e ao menos uma fria brisa alisa. / Arrefecido o homem, já da sua história / fica só nada, que o fluir do tempo pisa. / Do que fomos, nem de nos termos esquecido / traço fica. / Inocente, o tempo, liso, flui, / nem sabendo que não sabe. O já ter sido / é nem ter chegado a ser: o passado alui./ Eterno, sem lembrança, o frio acontecido.” (p. 63)
Este belíssimo poema, que se filia na linhagem da “Tabacaria” de Álvaro de Campos e na “Ladainha dos Póstumos Natais” de David Mourão-Ferreira, é, enquanto rasura da memória e do sujeito que pensa a própria existência de improvável memória, um hino ao que poderá vir a ser desejando o poeta que o não seja. É, pois, um pôr em causa da ciência não enquanto ciência mas de algumas das suas nefastas aplicações. É uma revalorização do homem enquanto ser que comanda, para o bem ou para o mal (e não para além do bem e do mal) o seu destino. É talvez a melhor forma de exprimir o desejo de que fique eterno na memória o calor acontecido quando os homens souberem dar as mãos. Na “Conclusão I” o poeta Eugénio Lisboa só poderia apresentar-nos esta belíssima definição poética de linha recta aceitando a vida na sua precaridade, não acreditando nos mitos do eterno retorno, tendo a coragem de a aceitar na sua linearidade, de acordo com a flecha do tempo:
“A vida é o caminho mais curto entre o caos e a noite” (p.67), a organização a partir do caos, uma manhã, uma tarde e um crepúsculo de luz antes que a noite chegue inexorável. Chegue quando chegar que a luz sorvida pela vida terá valido a pena.
Na “Conclusão II” saberemos o perímetro e o diâmetro da Circunferência que limita os direitos do homem à vida e à morte: “Na perspectiva da duração do universo, todos os homens são equidistantes do frio final. O conjunto dos homens, é, pois uma circunferência cujo centro é um frio”. (p. 67)
A circunferência é o conjunto dos pontos que unem os homens nivelando-os relativamente a um destino que os ultrapassa. Leio esta definição poética de circunferência, como alusão a “todos os homens nascem livres e iguais” e todos os homens estarão igualmente nivelados no Nada a que a sua Vontade de Poder desenfreado os conduza. Será ainda um apelo à nossa humildade-grandeza de sermos feitos de pó de estrelas – em pleno sentido literal – e que pensamos e, porque pensamos, podemos agir construindo ou destruindo aquilo a que chamamos destino colectivo. Eugénio Lisboa – homem de ciência e humanista – poeta navegador neste Ilimitável Oceano de poesia celebrativa da ciência – não escreve nenhum epitáfio da humanidade, mas antes traça um círculo de equidistância entre os diversos saberes. A condição do poeta “condenado” a uma incessante procura do Conhecimento, era já particularmente visível no belíssimo poema em prosa inserto em A Matéria Intensa : «Procuro, Exactas, as Palavras» – verdadeira ars poetica – conforme a classificou David Mourão-Ferreira, digna de figurar na mais exigente antologia do género. e que principia do seguinte modo: “Em vão procuro, exactas, as palavras de que preciso: não sei onde estão, não sei sequer se as conheço, se algum dia as vi e se, tendo-as visto, as reconhecerei quando voltar a encontrá-las (…) Procuro, exactas, as palavras de que preciso, isto é, as palavras que não me vão servir. O que preciso é aquilo de que não preciso. Só me serve o que não me serve. Falhar é triunfar. Conseguir é ficar parado. Triunfar é, definitivamente, perder. Pratiquemos, meticulosamente, a arte sinuosa de procurar, exactas as palavras que não são”.[2]
E, porque Eugénio Lisboa é exímio praticante da “arte sinuosa de procurar, exactas, as palavras que não são“, será ainda a arte da inteligência revelada na busca do rigor e clareza dos textos, que se constitui também como objecto de arte. Porque rigor e beleza são susceptíveis de coexistência pacífica. Por que razão o binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo? Verso tantas vezes citado e que nunca vi explicado, em termos matemáticos, pelos nossos homens e mulheres de letras. Simples comparação metaforizante do engenheiro Álvaro de Campos? Bem mais do que isso. O binómio de Newton é realmente belo pela harmonia simétrica com que se dispõem os seus elementos, pela elegância da sua construção usando o triângulo de Pascal, onde qualquer desses elementos pode ser obtido de forma simples, à custa das linhas anteriores, juntando assim a simplicidade à beleza visual de serem capicuas as linhas do triângulo de Pascal. A fonte de Castália não é a única fonte onde bebeu energia o engenhoso poeta e ensaísta Eugénio Lisboa, porque, como raros, tem sabido mostrar nas suas obras aquele mesmo esprit de géométrie, mas também de finesse, teorizado por Pascal, em suma, a beleza que existe no rigor da ciência.
Teresa Martins Marques
Teresa Martins Marques (n.1950) é investigadora integrada no Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutoramento em Estudos de Literatura e de Cultura, na especialidade de Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2011) com a tese: «Clave de Sol – Chave de Sombra : Memória e Inquietude em David Mourão-Ferreira» (No prelo, com o subtítulo : «Biografia Literária de David Mourão-Ferreira») ; Mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1992) com a tese «O Imagináriode Lisboa na Ficção Narrativa de José Jodrigues Miguéis» (ver livros publicados) ; Licenciatura em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1975). Funções de carácter científico: Integrou a equipa do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Academia das Ciências de Lisboa entre 1992 e 1995. Dirigiu a equipa de organização do espólio de David Mourão-Ferreira na Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1997 e 1999. Teve a seu cargo a direcção da Edição das Obras Completas de José Rodrigues Miguéis entre 1994-1996, num total de 13 volumes, sendo autora dos respectivos prefácios. Assinou diversos verbetes em dicionários e enciclopédias. Tem participado em numerosos congressos, mesas redondas e debates literários. Realizou exposições em Portugal e no estrangeiro e tem abundante colaboração em jornais e revistas especializadas estrangeiras : Gavea-Brown (EUA), Navegações , Matraga, Metamorfoses (Brasil) . Nacionais : Colóquio-Letras, Foro das Letras, Relâmpago, O Escritor, Mealibra, Letras Com Vida, pertencendo ao conselho científico das três últimas. É membro efectivo do Pen Club Português; da Associação Portuguesa de Críticos Literários (membro do conselho fiscal) ; integra a direcção da Associação Portuguesa de Escritores, desde 2008. Livros publicados Ensaio: Si On Parle du Silence de la Mer – 1985. (Sobre a novela de Vercors, Le Silence de la Mer.) O Eu em Régio: A Dicotomia de Logos e Eros. Prémio de Ensaio José Régio / 1989, atribuído sob pseudónimo – 1ª edição em 1993. 2ª edição 1994. O Imaginário de Lisboa na Ficção Narrativa de José Rodrigues Miguéis, 1ª edição com prefácio de David Mourão-Ferreira, 1994, 2ª edição-1996, 3ª edição – 1997. Leituras Poliédricas – 1ª edição 1996, 2ª edição, refundida e aumentada com prefácio de Maria Lúcia Lepecki, 2002. Antologias Salut, France 2000 (8 volumes (1989- 1992). Ficção : Carioca de Café (conto)- Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2009. A Mulher que Venceu Don Juan (romance) – Âncora Editora , 2013. Mais de 60 Prefácios. Colaboração em livros colectivos (selecção dos principais): Ensaios Críticos sobre José Régio, Porto, 1994; Trinta Anos de José Régio Vila do Conde, 1999; Letras, Sinais para David Mourão-Ferreira, Osório Mateus e Margarida Vieira Mendes, Lisboa,1999; José Rodrigues Miguéis – Uma Vida em Papéis Repartida, Lisboa, 2001; Catálogo da Exposição Comemorativa do Centenário de José Rodrigues Miguéis, Lisboa, 2001; Portugal e o Outro: Textos de Hermenêutica Intercultural, Aveiro, 2005; Jorge de Sena: Ressonâncias e Cinquenta Poemas , Rio de Janeiro, 2006; Conto Português – Séculos XIX-XXI -volume 1 (2006) e volume 2, Porto, 2009; Matraga (Universidade Estadual do Rio de Janeiro): «O Espólio de David Mourão-Ferreira» Rio de Janeiro, 2007; Livro de Homenagem a David Mourão-Ferreira, Porto, 2008; Literatura e Cidadania no século XX, Lisboa, 2010; Era uma vez o seu Tempo – Homenagem póstuma a Fernando Aires, Braga, 2011. As Duas Margens do Texto» in Júlio Machado Vaz, Aqui entre Nós, Lisboa, 2011.
Lisboa, 17 de Maio de 2014