As nove musas
As almas dos Poetas, martirizados…
buscam éstro no espaço… nas orgias
da luz… nos sonhos e nas nostalgias
ao massacre d’ideias subjugadas.
Musas esquivas, jazendo ignoradas
sem liras vibráteis nem alegrias:
pálidas! inanimadas e frias…
morriam nas azas asfixiadas!
Mas o Génio da arte em seus fervôres,
um dia… veio ao rumo dos Açores
e aí… o mundo viu deslumbrado,
As Nereidas – as Musas – e as Fadas
abraçaram o Génio enamoradas:
e o “Verso… triunfou – Glorificado!
Helena Rodrigues,
em Gervásio Lima, Torneio Açoreano, vol I,
Angra do Heroísmo, Tip. Editora Açoreana, 1937.