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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de Ilha do Corvo e a Celebração do Dia da Região Autónoma dos Açores, na Segunda-feira do Espírito Santo,24 de maio de 2010. Lélia Pereira Nunes
Comunidades 25 mai, 2010, 15:05

Ilha do Corvo e a Celebração do Dia da Região Autónoma dos Açores, na Segunda-feira do Espírito Santo,24 de maio de 2010. Lélia Pereira Nunes

                      

“As Festas do Espírito Santo enchem a Primavera das ilhas de um movimento fantástico, como se homens e mulheres, imitando os campos, florissem. Da Páscoa ao Pentecostes e à
Santíssima Trindade são sete ou oito semanas de ritos, de uma espécie de florália cristã adaptados à vida da lavoura, dos pastos carregados de humidade e de trevo no meio das escórias de lava – ‘o Mistério’. [...]
O Espírito Santo, aberto numa pomba de prata ao topo de uma coroa real, liga o Pai do Céu aos seus filhos das Ilhas dos Açores como a própria ave que marcava nos portulanos de Maiorca e de Veneza aquelas paragens mortas: Insula Columbi...Insula di Corvi Marini...Primaria sive Puellarum......Ou Ilha das Meninas. Um bando delas em filas que semeiam os caminhos de rosas e madressilva, levam o ‘emblema do Divino Espírito
Santo’ a casa do pobre e do rico.[...]"

(Vitorino Nemésio,in:Mau Tempo no Canal,7ª ed. 1994-173)

                                 

Ilha do Corvo e a Celebração do Dia da Região Autónoma dos Açores, na Segunda-feira do Espírito Santo,24 de maio de 2010. Lélia Pereira Nunes
É a Festa do Espírito Santo nos Açores, a maior expressão da religiosidade e uma das marcas que mais caracterizam a alma da suas gentes com cultos e práticas profundamente populares, vivendo intensamente na sua fé e no louvor a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
O culto e as Festas do Espírito Santo constituem a grande referência da presença açoriana em qualquer parte do Mundo. É a sua identidade e seus significados mais profundos,totalmente enraizados no cotidiano do Arquipélago e das comunidades espalhadas no mundo.
Uma veneração que chegou nas caravelas dos Descobrimentos, em meados do século XV, com os primeiros povoadores e suas gerações atravessou os mares do tempo e aporta no século XXI como uma tradição religiosa forte, intensa na sua manifestação, herdeira de um patrimônio simbólico que consubstancia o imaginário insular, onde o sentido espiritual do sagrado se encontra com o espírito da solidariedade, da fraternidade nas vivências profanas das celebrações. Onde a partilha do espírito comunga com a partilha do pão, do vinho, da carne revivificados no festivo e solene ritual ano após ano.
Estudar a história do culto e das festas em honra ao Espírito Santo nos Açores é o mesmo que estudar a história de um povo com suas lutas, esperanças e conquistas ante a natureza abruta e as vicissitudes da vida. É penetrar numa complexa rede de interelacionamentos, de coesão social, de elos que ligam os homens entre si, traduzidos na unidade, na identidade do “ser açoriano” que ultrapassam os limites do espaço arquipelágico e alcançam as terras de emigração, nas numerosas comunidades da diáspora, do Brasil, dos Estados Unidos da América e do Canadá.
Talvez, assim, se possa perceber a intensidade de sua força, a tal ponto de o dia oficial da Região Autónoma dos Açores ser, precisamente, a Segunda-feira do Espírito Santo, conforme o determinado no Decreto Regional nº 13.80/A de 21 de agosto de 1980, que justifica sua consagração por entender “como afirmação da identidade dos açorianos, da sua filosofia de vida e da sua unidade regional – base e justificação da autonomia política que lhe foi reconhecida e que orgulhosamente exercitam.”
Todos os anos, a partir do dia de Pentecostes, um brado ecoa pelas as ilhas – “Vivó Senhor Espírito Santo!” entre o estouro de foguetes, a cantorias dos foliões ou os acordes das filarmônicas, o ranger dos carros de bodos, o aroma das sopas, misturados ao burburinho alegre do ir e vir de toda a gente, carregadas de ofertas de massa sovada, rosquilhas, vésperas, espécies e alfenins. Mais do que um brado de saudação ao Divino, é um grito em louvor a liberdade, a abundância, a partilha, a fraternidade. É o grito da identidade do povo açoriano esteja onde estiver
Segunda-feira do Espírito Santo, dia 24 de maio, consagrado como Dia da Região Autónoma dos Açores,na Vila Nova do Corvo,com suas típicas casas brancas ladeando canadas, a singela comunidade da Ilha do Corvo com seus 17,5 km2,a menor ilha do Arquipélago, será palco da mais importante das comemorações da data festiva. Neste cenário insular onde vivem cerca de 400 almas, em sessão solene presidida pelos Presidentes da Assembleia Legislativa,Deputado Francisco Coelho e do Governo Regional dos Açores,Dr.Carlos Manuel Martins do Vale César que farão a imposição das “Insígnias Honoríficas Açorianas” aos cidadãos ou pessoas jurídicas que se tenham distinguido,em vida ou a título póstumo, seja por seu talento, expressão de sua arte ou idéias, atuação profissional, social e política, contribuindo para o engrandecimento e valorização da Região Autónoma dos Açores e em benefício do desenvolvimento da sua gente. Uma atribuição que continuará reconhecendo e distinguindo homens, mulheres, entidades coletivas notáveis, simbolizando a perpetuação da própria identidade.
A Proposta de Resolução Parlamentar, assinada por todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional, de 28 de Abril, decidiu atribuir “Insígnias Honoríficas” açorianas de Valor, de Reconhecimento,de Mérito e de Delegação a fim de “representar o reconhecimento público para com os cidadãos ou instituições que, ao longo dos anos, contribuíram de forma expressiva para consolidar a identidade histórica, cultural e política do povo açoriano, e também, de forma simbólica, estimular a continuidade e emergência de feitos, méritos e virtudes com especial relevo na construção do nosso património insular”.
Desde a promulgação do Decreto Legislativo Regional n.º 10/2006/A, de 20 de Março, já foram realizadas três cerimônias de agraciamento de insígnias. A cerimônia que se realizará neste ano na Ilha do Corvo atribuirá o importande condecoração a trinta e uma personalidades açorianas representantes de diferentes segmentos sociais.

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Fonte de referência:Texto inédito do livro “Caminhos do Divino ,um olhar sobre o Espírito Santo nos Açores”,em fase de conclusão,2010.
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                           Ilha do Corvo e a Celebração do Dia da Região Autónoma dos Açores, na Segunda-feira do Espírito Santo,24 de maio de 2010. Lélia Pereira Nunes
Associando-se às comemorações do Dia da Região Autónoma dos Açores,na próxima Segunda-feira do Espírito Santo, na Ilha do Corvo, o Blog Comunidades da RTP-Açores, apresenta os efusivos cumprimentos as personalidades que, merecidamente, recebem as Insígnias Honoríficas Açorianas e presta particular homenagem aos escritores Álamo Oliveira,Daniel de Sá,Eduíno de Jesus e ao dramaturgo Norberto Ávila ícones da literatura açoriana.
Nosso abraço de Parabéns,
Blog Comunidades
22 de Maio de 2010

Crédito Imagens: Hélder Blayer Góis In:Ilha do Corvo “Muitos Lugares e sentimentos” Photoblog
                        Lélia Nunes In:O Olhar no Espírito Santo da Ilha das Flores

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