Foto: Helder Gonçalves
Internacionalizar os Açores através das artes
A associação MiratecArts já acolheu mais de 1800 artistas de 61 países através do Azores Fringe, festival internacional de artes, e de outros programas anuais.
Ao encerrar a sétima edição da "explosão artística dos Açores para o mundo", o mote do Fringe, o seu fundador, Terry Costa, admite que quando iniciou a MiratecArts não tinha a mínima ideia que o mundo iria abraçar o projeto e investir para vir até ao meio do Oceano Atlântico, onde as audiências nem sempre estão presentes ou abertas a algo diferente. "Sinto-me cheio de orgulho do que já conseguimos fazer e o que estas sementes podem produzir, nos anos que vêm a caminho. E ainda mais orgulhoso da forma como as audiências têm acolhido e respondido à arte que não lhes é familiar."
Este mês passado, o Fringe acolheu uma artista russa aumentando, assim, a lista de participantes para 61 países. Alisa Rekunova deixou uma instalação na MiratecArts Galeria Costa, à qual chama de "Fairies Kingdom" mas admite que é só o início. "Quero voltar em breve a esta ilha e a este espaço que a MiratecArts criou para os artistas do mundo" diz a russa que chegou ao Pico depois de um projeto na Estónia e sai a caminho de uma conferência em Moscovo, onde vai falar da sua primeira experiência nos Açores.
E, falar e levar as suas experiências dos Açores para o mundo é o que a dupla de bailarinos Sebastian Bartilson e Jonny Berg vão fazer. Depois de apresentarem "Emerger", uma dança contemporânea no Pico, vão a caminho do festival de artes na Islândia. "Às vezes é preciso uma viagem a um lugar como este para perceber como estamos distraídos da Mãe Natureza e das coisas simples" expressa o bailarino chileno Sebastian, enquanto o sueco Jonny continua, "Três dias na ilha do Pico aproximaram-nos de quem somos e do que representamos através da nossa expressão artística. Isso foi graças ao Azores Fringe, uma importante contribuição não só para a ilha, mas para todo o mundo."
"Além de incentivarem os artistas açorianos, estes e outros artistas estrangeiros que passam por cá, devido a um programa cultural artístico, são dos melhores cartazes de publicidade para as nossas ilhas" declara Terry Costa. "Os artistas são os mensageiros do bom acolhimento da cultura açoriana e das belas paisagens que as nossas ilhas fornecem – não há dinheiro que pague esta contribuição."