Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
embora ao mundo pertença
E sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.
trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
I will not die without knowing
the color of freedom.
I cannot be other than
of this land of my birth.
While belonging to the world,
and since truth will always out,
what it will be like to be free here
I will not die without knowing.
So evilly has everything been changed.
It is almost a crime to live.
But even though they hide everything
And would have me blind and dumb,
I shall not die without knowing
The color of freedom.
[translation by George Monteiro;
published in Jorge de Sena, In Crete
With the Minotaur and Other Poems
(Providence: Gávea-Brown, 1980)]