Mais mulheres ao poder!
Ao longo da história secular açoriana, o papel da mulher foi quase sempre ignorado aos mais variados níveis.
Hoje, em pleno século XXI, são visíveis os avanços da sociedade açoriana no combate à diferença de género, mas temos ainda um longo caminho a percorrer, como muito bem alerta a Presidente da UMAR nos Açores, Maria José Raposo, na reportagem da nossa jornalista Alexandra Narciso, que publicamos nas páginas 4 e 5 do Diário dos Açores.
É lamentável que, nos dias de hoje, cada vez mais mulheres jovens, com 19 e 20 anos de idade, estejam a recorrer aos apoios daquela instituição, sinal de que o respeito pela mulher e os sinais antigos de estereótipos que deviam estar banidos, mantêm-se mesmo nas idades escolares.
A escola tem uma importância vital nesta aprendizagem do respeito pelos géneros, não esquecendo, naturalmente, o papel fundamental da família.
E é neste quadro preocupante que nos encontramos, onde os Açores são piores em quase tudo nos sectores sociais.
O indicadores sociais são implacáveis para ambos os sexos e para todas as idades, mas quando estamos em primeiro lugar na gravidez precoce, na pobreza, nas queixas de violência doméstica, nos consumos de drogas e outros vícios desaconselháveis, é sinal de que a sociedade padece de outro tipo de intervenção por parte das autoridades.
Uma das soluções, provavelmente, será chamar mais mulheres aos poderes de decisão.
Com outra sensibilidade, talvez estaríamos melhor.
Do Autor:
Osvaldo Vieira Cabral é açoriano, natural da Ilha de São Miguel. Grande referência dos Meios de Comunicação Social de Portugal, atualmente é Director do Jornal Diário dos Açores.
O artigo em epígrafe foi originalmente publicado no Diário dos Açores a 8 de Março de 2016,em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Aqui reproduzido com a devida autorização do Autor.