MENINO JESUS ENTRE OS DOUTORES
Mário T Cabral, 2013
40. CONCLUSÃO
Quero começar esta última peça por agradecer ao senhor Padre Marco Gomes ter-me convidado a escrever filosofia nas colunas de aUnião. Se o não tivesse feito, “Menino Jesus entre os Doutores” não existiria, nem sequer como projeto na minha lista de obras a realizar.
Entretanto, o jornal encerrou vai para mais de meio ano. À senhora Professora Irene Blayer fico a dever o favor de me publicar, desde então, e a partir do Canadá, no seu blog da RTP-A. Nos dias que correm, é ato de coragem.
Aos leitores do jornal, do blog e aos amigos da minha lista de correio eletrónico também agradeço infinitamente. Fui recebendo comentários que me fizeram sentir que estes dois anos foram uma aventura que valeu a pena. Não me refiro apenas aos crentes.
À minha amiga Maria José não é bem agradecer que quero, pois ela foi a minha mão direita (eu sou canhoto). Só me atrevi a escrever sobre os dogmas porque ela leu, releu e tornou a ler todas as peças, da primeira à última, à cata das minhas cambalhotas. Agiu por dever de fé, para me poupar ao inferno. É Nosso Senhor Quem lhe vai agradecer.
Porque, pode parecer mentira, muitas destas singelas prosas foram reescritas duas a três vezes – fora aquelas que tive de mandar definitivamente para o lixo. A grande dificuldade nem foi ser claro em 2500 carateres, incluindo espaços; a imensa dificuldade foi escrever sobre a Verdade revelada sem a conspurcar com a minha subjetividade.
Repare-se que só agora estou a usar a primeira pessoa dos verbos. É que nada do que aqui foi escrito é meu – aliás, nem sequer em filosofia vale a opinião pessoal. A minha assinatura serve, apenas, para dizer de quem é a culpa dos erros e dos pecados.
Minhas, talvez, sejam apenas as imagens, se é que o são. Fazia parte do meu contrato: para além do número de carateres, uma imagem por texto – e que respeitasse os direitos de autor. Achei mais sensato ficar-me por aquelas que não me abrissem as portas do tribunal. A exceção são os “Retratos de Família”.
Na tradição cristã, os ícones sempre serviram para ilustrar a Sagrada Escritura: nos livros das horas, nas igrejas, nas casas particulares… Foi muito estimulante procurar no meu arquivo a imagem adequada ao assunto de cada semana. Alguns leitores reagiram à sinestesia.
Tudo isto aconteceu quase em simultâneo com o Ano da Fé. Como não agradecer a Nosso Senhor este… presente – está bem dito, é a palavra certa. À Santíssima Trindade e a minha Madrinha, Maria Santíssima (hoje em aniversário), todo o louvor.