Navegar é preciso, outra vez
O tempo presente torna imprescindível visar longe, partir à descoberta, pensar sem constrangimentos.
No planeta global em que vivemos, os Açores passaram a não ter limites e a sua imprensa não pode deixar de espelhar essa realidade. Agora, temos dimensão vasta e vivemos todos próximos. As nossas casas amanhecem com portas e janelas abertas ao mundo.
A plataforma digital permite, hoje, o estabelecimento de pontes, em todas as latitudes, com açorianos que um dia partiram e fixaram residência em outras regiões e países; permite recuperar relações de vizinhança que durante anos se haviam perdido; permite estar em contacto com pessoas que, embora não tenham nascido nos Açores, dedicam atenção ao que é nosso.
O tempo actual concede-nos esta oportunidade. Seria incompreensível não a aproveitarmos.
Este é o quadro que justifica o surgimento no dia 24 de Março de um novo jornal, intitulado “Mundo Açoriano”, cujo objectivo é contribuir para a construção de uma “ilha única”, onde caiba o Arquipélago nos seus laços com a Europa, as Américas e qualquer outra região do globo que acolha açorianos, de nascimento ou de opção.
Se for utopia, não faz mal. Precisamos dela mais do que nunca.
Navegar é a vocação que nos trouxe até aqui e que daqui nos conduzirá por rotas adiante.
Navigate we must, once again
The times we are experiencing make it indispensable to aim far, to have an open mind, to report the news without constraints.
In this global planet on which we live, the Azores no longer have defined boundaries and its press cannot but reflect this reality. Today we share this vast world dimension in which we all live as close neighbors. Our homes awake every morning with windows and doors open to the world.
Nowadays the global digital platform allows us to establish bridges, at all latitudes, with Azoreans who one day left the islands and settled in other regions and countries; it allows us to resume neighborhood relationships which had been lost for years; it allows us to keep in touch with people who, although not born in the Azores, are somehow interested in what is Azorean and ours.
The present times give us this great opportunity. It would be a shame not to take advantage of it.
This is the background that justifies the publishing of a new newspaper (March 24th) entitled “Mundo Açoriano”, which aims to contribute to the creation of a “single island”, encompassing the Archipelago and its ties with Europe, the Americas and any other region of the globe where there is someone born in the Azores.
If it’s a utopia, it does not matter. We need utopia more than ever.
Sailing is a vocation which has brought us this far and that will take us from here to the plying routes ahead.
Fonte:informe de divulgação
Crédito Imagem: fotógrafo Jorge Blayer Góis