A atividade literária de Norberto Ávila abrange porém outros géneros, como o romance – No Mais Profundo das Águas, (sobre Antero de Quental e a Geração de 70), A Paixão Segundo João Mateus (Romance Quase de Cordel), em que se recria a oralidade popular da ilha Terceira, eFrente à Cortina de Enganos (inédito) – , estando em preparação (em 2014) o seu primeiro livro de contos. É ainda autor do livro de poemasPercurso de Poeta (Prémio Natália Correia, 1999, edição de autor, 2000).
Sobre o homem de teatro, o escritor e professor açoriano Carlos Enes, escreve:
“Norberto Ávila é um dos mais reconhecidos, traduzidos e representados dramaturgos portugueses. Com perfeito domínio da técnica teatral, as suas obras representam o que há de melhor na nossa literatura dramática contemporânea. Nelas consegue uma plena vivacidade do diálogo, uma boa definição dos personagens, um humor inteligente e uma inegável riqueza poética. A diversidade temática percorre mitos da Grécia Antiga e da literatura mundial, mergulha nos temas bíblicos e da história de Portugal e penetra nos problemas político-sociais contemporâneos. Com formação humanista, procura nas suas obras escalpelizar relações sociais com o objectivo de provocar reacções transformadoras e construtivas.
Os seus trabalhos têm sido representados por numerosas companhias portuguesas e estrangeiras. O texto mais conhecido, As Histórias de Hakim, foi traduzido em 16 idiomas e representado na Alemanha, Áustria, Checoslováquia, Coreia do Sul, Croácia, Eslovénia, Espanha, Holanda, Roménia, Sérvia e Suíça.
Pela qualidade da sua obra foi premiado 7 vezes, destacando-se o Prémio Manuscritos de Teatro (1962), o 1º prémio da Socidade Portuguesa de Autores atribuido à peça As Cadeiras Celestes (1975), o prémio da Associação Portuguesa de Escritores atribuido a Florânia ou A Perfeita felicidade (1987) e o prémio Natália Correia, para o primeiro livro de poemas Percurso de Poeta (1999). Para além de dramaturgo, é também romancista e poeta” .