O BALEEIRO
(Para Lourenço da Silva) – Olegário Paz (Com áudio)
Naquele largo
que diziam
ser tão grande
quanto o oceano,
nasceu uma ilha azul.
O vento emergiu do Norte,
veio dos navios
e das névoas
e a lava esculpiu
o Penedo Negro.
A praga do oídio secou
as uvas e até os figos
com cheiro a mar,
repleto
de flores brancas.
Foi então que nasceu
o baleeiro
que veio
com as gaivotas
para ser capitão
das nuvens
no mar imenso
que é o céu
onde permanece
erguido
como o arpão.
que diziam
ser tão grande
quanto o oceano,
nasceu uma ilha azul.
O vento emergiu do Norte,
veio dos navios
e das névoas
e a lava esculpiu
o Penedo Negro.
A praga do oídio secou
as uvas e até os figos
com cheiro a mar,
repleto
de flores brancas.
Foi então que nasceu
o baleeiro
que veio
com as gaivotas
para ser capitão
das nuvens
no mar imenso
que é o céu
onde permanece
erguido
como o arpão.
Joana Félix,
Palavras que eu disse,
Joana Félix Lopes da Silva (1955), poeta, pintora, natural da cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, trabalha e reside na cidade natal.