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Imagem de Pelos caminhos da luso-brasilidade: alguns olhares portugueses sobre a obra de Cecília Meireles (3/3)- Dora Nunes Gago
Comunidades 26 mar, 2011, 19:24

Pelos caminhos da luso-brasilidade: alguns olhares portugueses sobre a obra de Cecília Meireles (3/3)- Dora Nunes Gago

(…cont.)

     Em síntese, Cecília Meireles, poeta da diáspora açoriana, marcou a literatura portuguesa, sendo assinalável a sua fortuna literária, sobretudo entre os anos trinta e final da década de sessenta. Na verdade, esta grande notoriedade enraíza-se no facto de ela transcender “as suas raízes históricas, integrando-se num espaço amplo e universal (…)” (Gouveia, 2000, p. 17). Para além disso, a sua poesia é habitada, quer por um tempo imerso na subjectividade, quer pela dialéctica do efémero e do eterno.
     Embora, actualmente, talvez um pouco esquecida pela crítica literária portuguesa, a sua poesia, ainda é (felizmente) estudada, na disciplina de Português, no Ensino Básico e Secundário. Além disso, é possível vislumbrar os ecos “cecilianos” na obra de poetas portuguesas bastante prestigiadas, como é o caso de Natércia Freire, entre outras.
     Importa frisar que o que os “caminhos” da luso-brasilidade” se alicerçam no conhecimento detido pela autora acerca de Portugal e vice-versa, enraizados na comunhão entre duas literaturas irmanadas pelo idioma, mas também pela cultura e a História.
     Por outras palavras, a obra de Cecília Meireles assume-se como uma ponte, ou melhor, um cais, onde duas culturas desaguam e harmoniosamente se encontram. Assim, nesta autora de dimensão universal, o mundo é reinventado através da dinâmica e da musicalidade da palavra, pois como escreveu: “a canção é tudo: /teu sangue eterno/ a asa ritmada”. Deste modo, esculpiu na sua escrita, além-tempo e além fronteiras, uma inquietude lírica, convertida em canto alado imaterial. Uma melodia, encantatória, tecida no “Verbo”, pura, densa, cristalina (como o mar dos Açores), onde ecoam as sombras dos antepassados, que, à semelhança de todos os açorianos que partiram, puseram o seu “sonho num navio e o navio em cima do mar.”

Bibliografia:

CRISTOVÃO, Fernando. Cruzeiro do Sul, a Norte. Estudos Luso-Brasileiros.  Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1983.

DACOSTA, Luísa.”Encontro em tempo permanente”. Revista Colóquio Letras. nº 94, Nov. 1986, pp. 65-70.

FAGUNDES, Francisco Cota. “Fernando Pessoa e Cecília Meireles: a poetização da infância”. Persona (Porto), nº5, 15-21, Abril de 1981.

GAGO, Dora Maria Nunes, “Olhares portugueses sobre a literatura brasileira”, Almanaque de Estudos Latino Americanos , Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras,
http://www.puro.uff.br/almanaque/index.html

GOUVEIA, Margarida Maia. “Itinerâncias da Luso-Brasilidade (Nemésio e Torga)”, in  Nemésio e Cecília Meireles – A ilha ancestral, Porto, Ed. Fundação Eng. António de Almeida, 2001, pp. 33-46.

LAURITO, Ilda Brunhilde.”Cecília Meireles: no 20º aniversário da morte”. Revista Colóquio Letras, nº 79, Maio de 1984, pp.65-66.

MEIRELES, Cecília. Poesia Completa. 4.ed. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994.

MOURÃO-FERREIRA, David. “Cecília Meireles: temas e motivos”. Hospital de Letras, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1981.

PADRÃO, Maria da Glória: “Cecília: a poesia do efémero”. Revista Colóquio Letras, nº 36, Março de 1977, pp. 64-66.

Presença, Folha de Arte e crítica,
edição facsimilada, Lisboa, Contexto Editora, 1993.

SENA, Jorge de. Estudos de cultura e literatura brasileiras, Lisboa, Edições 70, 1988.

SIMÕES, João Gaspar. “Fonética e poesia ou o retrato natural de Cecília Meireles”. Literatura. Lisboa, Portugália Editora, 1964, pp. 346-353.

VILAS-BOAS , Leila Gouvêa. Cecília em Portugal. S. Paulo, Edt. Iluminuras, 2001.
 

 

    Pelos caminhos da luso-brasilidade: alguns olhares portugueses sobre a obra de Cecília Meireles (3/3)- Dora Nunes Gago

Dora Nunes Gago é professora, doutorada em Línguas e Literaturas Românicas Comparadas, investigadora de pós-doutoramento da FCT, na Universidade de Aveiro. Publicou: Planície de Memória (poesia, 1997); Sete Histórias de Gatos (em co-autoria com Arlinda Mártires), 1ªed. 2004, 2ª ed. 2005; A Sul da escrita (Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, 2007); Imagens do estrangeiro no Diário de Miguel Torga (dissertação de doutoramento), Fundação Calouste Gulbenkian/FCT, 2008.
Além disso, tem poemas, contos e ensaios em diversos jornais, revistas e antologias. Tem apresentado igualmente diversas comunicações em Congressos Internacionais em Portugal e no estrangeiro.

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