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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de Rui Duarte Rodrigues, “Lamúria dum sargento das índias” –
Dito por Olegário Paz (c/áudio)
Comunidades 05 mai, 2013, 03:59

Rui Duarte Rodrigues, “Lamúria dum sargento das índias” – Dito por Olegário Paz (c/áudio)

Açorianidade – 150 [Rui Duarte Rodrigues, “Lamúria dum sargento das índias". Banda da Força Aérea, “Air Force”]

PorqueHojeEhSabado
2013.05.04


   Pintura de Ferreira Pinto,
  Na memória do tempo II,1995
 - Acrílico s/tela, 60 x 80 x 3 cm


Lamúria dum sargento das índias

 

Moço, digo-te, dei a vida

não sei a quê, a quem,

soube-me a pouco, o engano

que muito tive que enganar

pra estar aqui, vivo, velho

de má saúde, sem ouro,

sem fé, sem tostão

 

Digo-te, casa sempre tive

e barco pra viajar e

fortuna pra buscar e vontade

de pelejar por um bem

que nunca encontrei

 

Que tudo isso sempre

se segue e se acredita

mas, ao fim, é este nada

que resulta, esta dúvida

pra deitar fora

 

Espojo de tanta batalha, moço,

dei a vida não sei a quê,

acreditei que à vida,

sem bandeiras pra espetar

em ninguém, nem em colinas,

minas, poços, pólos, mares,

em ninguém, moço,

como vês, acreditei em vão,

há bandeiras espetadas

em toda a parte

 

Só me resta o abrigo do céu,

o infinito, o sem nome, sem dono,

esta casa sem tecto, que

só a terra tomará conta de mim           

e de ti, com todos os seus deuses

e poderes infinitésimos

     

Moço, repito, fosse eu monge,

sábio, servo ou escrava,

dei a vida não sei a quê, a quem          

 

                 Rui Duarte Rodrigues, Com segredos e silêncios,
                
Angra do Heroísmo,IAC, 1994.

Rui Duarte Gaspar Rodrigues (1951-2004), jornalista, poeta, natural da cidade de Angra do Heroísmo,
 ilha Terceira, onde residiu, trabalhou e faleceu.

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