Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada José Manuel Bolieiro
Senhora Chefe de Gabinete de S.Exa. o Presidente do Governo dos Açores
Senhor Sócio Gerente da Editora Publiçor
Senhora Diretora da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada Iva Matos
Senhor Subdiretor da RTP/Açores Víctor Alves
Caros autores açorianos aqui presentes, que cumprimento na pessoa do nosso ilustre conferencista Prof. Doutor António Machado Pires
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Na abertura do Fórum do Livro e no âmbito do Dia do Livro, coube-me organizar e cumpre-me apresentar O Livro dos Livros.
Tem este livro três propósitos na pertinência da sua edição – que constam, aliás, da sua própria Introdução:
• Valorizar os livros produzidos nos Açores e, por via disso, os autores açorianos;
• Comemorar a primeira década da editora Publiçor com a sua chancela Letras Lavadas;
• Assinalar o 35º aniversário da Nova Gráfica.
E tem outros dois, no enquadramento do seu lançamento:
• Potenciar o I Fórum do Livro dos Açores, que o Grupo Nova Gráfica, através da Publiçor/Letras Lavadas, organiza nos 170 anos da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada;
• Celebrar o Dia Mundial do Livro… mas a pensar nos outros 364.
Contudo, acrescento, agora pessoalmente, um sexto propósito que lhe fica subjacente:
• Homenagear o empreendedorismo, a persistência, o dinamismo e a criatividade do sócio gerente da Nova Gráfica/Publiçor/Letras Lavadas, Ernesto Resendes – o maior editor dos Açores e um dos mais reconhecidos em Portugal.
É ele o verdadeiro autor do Livro dos Livros, porque foi ele o primeiro responsável pelos livros do livro.
Por sua iniciativa ou com o seu acolhimento, mais de 1000 livros foram produzidos pela Nova Gráfica, mais de 200 obras foram editadas pela Publiçor, mais de 100 autores foram publicados pela Letras Lavadas.
Tudo isto em apenas 10 anos – desde 2007 até março – com quantidade, qualidade e criatividade.
É esta produção ímpar nos Açores e rara em Portugal que fica inventariada e sistematizada, para memória futura, no Livro dos Livros.
O nosso livro começa com a confluência estratégica de dois percursos empresariais:
Por um lado, a Publiçor, fundada em 1974, por Gustavo Moura, Lourenço de Melo e Ferreira de Melo.
Por outro lado, a Nova Gráfica, criada em 1982, por Laudalino Amaral, João Rodrigues, Jorge Medeiros e José Ernesto de Chaves Resendes, que era, até então, impressor da Impraçor, a empresa proprietária do Açoriano Oriental.
A pequena tipografia da Praia dos Santos depressa começa a crescer – em Ponta Delgada, em São Miguel e nos Açores – a modernizar o equipamento de impressão e a aumentar a capacidade de produção. Com espírito empreendedor e com responsabilidade social.
Em 2007, a Nova Gráfica adquire a Publiçor e forma um grupo empresarial, sem precedentes e sem paralelo, no mercado açoriano das artes gráficas. Dinamiza e diversifica a empresa editora, institui e afirma a chancela Letras Lavadas.
Desde então, passam 10 anos agora e assim resumidos nas 200 páginas do Livro dos Livros:
Antes de mais, um Prefácio muito significativo, “arrancado a ferros” da modéstia reconhecida do próprio Ernesto Resendes.
Na primeira parte, uma retrospetiva alfabética das 200 edições da Publiçor/Letras Lavadas, com reprodução de capa e resumo descritivo, e uma galeria biográfica dos respetivos autores.
Na segunda parte, um levantamento cronológico das 1000 produções editoriais da Nova Gráfica e um prestigiante palmarés dos mais importantes prémios nacionais de artes gráficas que lhe foram atribuídos em duas décadas.
Entretanto, um destacável com a seleção representativa dos livros especiais que fazem a síntese entre a inovação criativa e a capacidade tecnológica.
No final, uma viagem fotográfica e nominal aos bastidores da sede da empresa na Fajã de Baixo, para conhecer o processo de produção editorial, desde a entrada do original até à saída do livro, e para reconhecer o empenho profissional da Família Nova Gráfica.
Este Livro dos Livros é, afinal, uma obra coletiva – com dezenas de colaboradores, centenas de autores, milhares de textos, milhões de letras… todas lavadas.
Na contracapa, Emanuel Jorge Botelho mostra-nos assim o “final feliz” que desejamos encontrar em cada livro:
"As letras, abraçadas, formam palavras.
E às palavras só se pode dar a nossa palavra de honra.
Se as letras que se abraçam forem lavadas, lavadas também hão-de ser as palavras pousadas no papel.
Quem escreve, sabe se foi limpo.
Quem lê, descobre-o facilmente. Se quiser.
Só com letras lavadas as palavras entram no silêncio da Literatura."