BARCO POESIA
Um barco atracou no cais (dos meus pensamentos)
e enquanto era varrido pelo agitar das ondas e dos ventos
aproava calmamente em minha alma.
Parou-me; levou-me; atracou-me
e suspenso, navegou-me
nos breves momentos meus de paz e calma.
Um barco carregado de sonhos e esperança
transportou um velho, um jovem, uma criança
levando-os por mares ricos, povoados por seres de mil cores.
Eu fui cais salgado por um dia,
fui barco chamado Poesia,
fui porto de chegada: fui Açores!
Sandra Fernandes,
Meu Porto, Meu Abrigo,
Letras Lavadas edições, Publiçor editores, Ponta Delgada, 2014
Sandra de Fátima Fernandes da Silva (1979) empregada de escritório, natural da cidade de Angra do Heroísmo, reside e trabalha na de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel.