I Am Lamenting the White Kerchief
– after a line by Adelaide Freitas
I am lamenting the white kerchief of our good-byes,
I am lamenting the fluttering the wind makes among
so many bare limbs in those trees that line the winter ditches
of-where was it? Where we walked and walked over small
hills, and the trees stood in rows, so purposeful? So sober?
This is to say that our parting was a surrender. This is
to say that certain trees, having nothing to do with us,
were suddenly standing at attention, paying every small notice.
I am lost. There is no hope for me. I am mired in the language
of the heart, for which there is no translation. Our farewells
ridicule us. What does your heart say now? What are your
sleeping eyes fastened upon? You should have let the wind
mother you. I should have let the trees guide me like a father.
And the heart: that hero, that monster of all our surrenders.
Estou a Chorar o Lenço Branco do Adeus
– Depois de ler um verso de Adelaide Freitas
Choro o lenço branco das nossas despedidas,
Choro a agitação do vento a soprar entre
tantos ramos nus das árvores que orlam os sulcos de inverno
de – onde? Onde passeávamos e passeávamos nos
pequenos montes, aí onde as árvores se alinhavam, tão determinadas? Tão firmes?
Tudo isto para dizer que a nossa despedida foi uma rendição. Tudo isto
para dizer que certas árvores, nada tendo a ver connosco,
se quedavam subitamente atentas, lançando sobre nós um breve olhar.
Estou perdido. Não há esperança para mim. Estou afundado na linguagem
dos afectos, para a qual não há tradução. As nossas despedidas
ridicularizam-nos. Que te diz agora o teu coração? Em que se fixam
os teus olhos ensonados? Devias ter permitido que o vento
te acarinhasse. Eu devia ter permitido que as árvores como pai me encaminhassem.
E o coração: esse herói, esse monstro de todas as nossas rendições.
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