Ilhéu, de Isabel Mesquita
ou a delicadeza da voz
Sigo, com renovado interesse,
o trajecto musical de três jovens açorianas dotadas de talento, sensibilidade e
bom gosto e que, nos Açores, têm vindo a dar boa conta de si escrevendo e
compondo temas originais: Isabel
Mesquita (Santa Maria), Sara Cruz
(São Miguel) e Maria Bettencourt
(Terceira).
o trajecto musical de três jovens açorianas dotadas de talento, sensibilidade e
bom gosto e que, nos Açores, têm vindo a dar boa conta de si escrevendo e
compondo temas originais: Isabel
Mesquita (Santa Maria), Sara Cruz
(São Miguel) e Maria Bettencourt
(Terceira).
De
Isabel Mesquita acabo de escutar Ilhéu (2019), o seu primeiro trabalho
discográfico, constituído por 10 canções da sua autoria, 5 das quais também com
letra sua, sendo os restantes textos de Florbela Espanca (1), Natália Correia
(2), Paulo Ramalho (1) e Daniel Gonçalves (1). Acompanha-a, nesta bem-sucedida
aventura musical, cinco músicos de primeiríssima água: Tiago Oliveira (guitarra
elétrica e acústica), Cláudio Andrade (teclados), Yami Aloelela (produção
musical, arranjos e baixo), Vicky Marques (bateria e percussão) e João Frade
(acordeão).
Isabel Mesquita acabo de escutar Ilhéu (2019), o seu primeiro trabalho
discográfico, constituído por 10 canções da sua autoria, 5 das quais também com
letra sua, sendo os restantes textos de Florbela Espanca (1), Natália Correia
(2), Paulo Ramalho (1) e Daniel Gonçalves (1). Acompanha-a, nesta bem-sucedida
aventura musical, cinco músicos de primeiríssima água: Tiago Oliveira (guitarra
elétrica e acústica), Cláudio Andrade (teclados), Yami Aloelela (produção
musical, arranjos e baixo), Vicky Marques (bateria e percussão) e João Frade
(acordeão).
Mariense
com raízes faialenses, controladora de tráfego aéreo por profissão, Isabel
Mesquita escreve e compõe canções em que é patente uma sintonia perfeita entre
a palavra e a música. Palavra feita de emoções, sentimentos e estados de alma;
música com boas sonoridades e uma indiscutível riqueza melódica. Com efeito, a
linha melódica das composições desta jovem autora é de uma extraordinária
beleza. Há aqui um aprumo conceptual, uma fluência e uma espontaneidade
melódica que me agrada sobremaneira e que serve – e bem – as letras que dão
conta da expressão lírica e do sentimento amoroso, bem como do valor
inestimável da amizade.
com raízes faialenses, controladora de tráfego aéreo por profissão, Isabel
Mesquita escreve e compõe canções em que é patente uma sintonia perfeita entre
a palavra e a música. Palavra feita de emoções, sentimentos e estados de alma;
música com boas sonoridades e uma indiscutível riqueza melódica. Com efeito, a
linha melódica das composições desta jovem autora é de uma extraordinária
beleza. Há aqui um aprumo conceptual, uma fluência e uma espontaneidade
melódica que me agrada sobremaneira e que serve – e bem – as letras que dão
conta da expressão lírica e do sentimento amoroso, bem como do valor
inestimável da amizade.
Dotada de excelente afinação, Isabel
Mesquita canta de forma serena e discreta. Com invenção, elegância e
delicadeza. Canta sem esforço e sem qualquer tentação exibicionista, o que é de
louvar num tempo em que, do outro lado do mar, muitas são as cantoras que
recorrem a (desnecessários) contorcionismos vocais como forma de se afirmarem.
Bem pelo contrário, Isabel canta sonoridades ternas e cálidas numa voz que
sonha, reflete e imagina… Uma voz jovem e bela, bem timbrada e calibrada,
sensual, límpida e expressiva.
Mesquita canta de forma serena e discreta. Com invenção, elegância e
delicadeza. Canta sem esforço e sem qualquer tentação exibicionista, o que é de
louvar num tempo em que, do outro lado do mar, muitas são as cantoras que
recorrem a (desnecessários) contorcionismos vocais como forma de se afirmarem.
Bem pelo contrário, Isabel canta sonoridades ternas e cálidas numa voz que
sonha, reflete e imagina… Uma voz jovem e bela, bem timbrada e calibrada,
sensual, límpida e expressiva.
Em edição cuidada em termos gráficos,
com arranjos muito bem conseguidos de Yami Aloelela, um eficaz e eficiente
trabalho de gravação, mistura e masterização de Rui Fingers e Luciano Barros, e
produção executiva da própria Isabel Mesquita, Ilhéu é um disco
consistente que parte, afectuosamente, de uma identidade açoriana para espaços
do universal. Um disco de apreciável encanto e inegável qualidade. A merecer,
por isso mesmo, a nossa melhor audição.
com arranjos muito bem conseguidos de Yami Aloelela, um eficaz e eficiente
trabalho de gravação, mistura e masterização de Rui Fingers e Luciano Barros, e
produção executiva da própria Isabel Mesquita, Ilhéu é um disco
consistente que parte, afectuosamente, de uma identidade açoriana para espaços
do universal. Um disco de apreciável encanto e inegável qualidade. A merecer,
por isso mesmo, a nossa melhor audição.
Temos cantautora!
Victor Rui Dores