O Conselho do Governo dos Açores anulou o concurso público internacional para a conceção e construção de um navio de transporte de passageiros e viaturas e decidiu direcionar o respetivo montante para o reforço do financiamento da saúde e das medidas de apoio ao emprego e à dinamização da economia na Região.
“Julgo que é evidente para todos que as prioridades são hoje diferentes e urgentes. Assim, fazemos o que é preciso fazer para garantir todos os recursos possíveis para as áreas da saúde, reforçando os meios para o combate à pandemia de COVID-19, para os programas de apoio ao emprego e para as medidas direcionadas para a sustentação da nossa economia, nesta fase desafiante em que nos encontramos”, salientou o Presidente do Governo, Vasco Cordeiro.
A decisão foi tomada pelo Executivo açoriano na reunião convocada pelo Presidente do Governo que decorreu esta tarde por videoconferência.
Na prática, esta decisão vai permitir, ao abrigo da abertura manifestada pela Comissão Europeia, direcionar 41 milhões de euros de fundos comunitários, bem como os restantes 7,2 milhões de euros de comparticipação regional referente a este investimento, para as medidas implementadas pelo Governo destinadas a reforçar o investimento na saúde, assim como para apoiar o emprego e as empresas e para a dinamização da economia regional, face à situação que se vive na Região derivada da pandemia de COVID-19.
O concurso público internacional previa a conceção e construção de um navio ‘ro-ro’ com capacidade para transportar 650 passageiros e 150 viaturas.
O Governo dos Açores agradece a colaboração do Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas, jubilado, José Manuel Monteiro da Silva, do dr. Luís Filipe Melo, do professor do Instituto Superior Técnico, Manuel Ventura, do Capitão da Marinha Mercante, João Frade, e do Coordenador da Estrutura de Implementação do Plano Integrado dos Transportes (EIPIT), José Augusto de Sousa Gomes, membros do júri do concurso agora anulado.