No caso da fábrica de Santa Catarina, uma conserveira que o Governo adquiriu em 2009 para evitar que encerrasse, a intenção do executivo açoriano é alienar agora a participação que a empresa de lotas dos Açores (Lotaçor) detém naquela unidade fabril.
"A manutenção da laboração da fábrica de conservas na Calheta" será garantida no caderno de encargos para a operação, concretizou hoje o vice-presidente do executivo, Sérgio Ávila, falando na Horta, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRAA), num debate de urgência pedido pelo BE sobre o setor público empresarial da região.
Em fevereiro, soube-se que o Governo dos Açores vai reduzir a sua participação direta e indireta em empresas e associações no âmbito de uma reforma do setor público empresarial regional que inclui a extinção de empresas.
Na sua intervenção no plenário, Sérgio Ávila estimou que a região tenha terminado 2017 com uma dívida de 41,6% do Produto Interno Bruto (PIB), sublinhando ser "menos de metade" da média europeia.
É este valor real que garante a nossa sustentabilidade", declarou o governante.
Frisando que apenas no final do mês o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresentará a globalidade dos dados de 2017, o vice-presidente do executivo açoriano valorizou as "responsabilidades futuras" deixadas pelo executivo com uma dívida pública de "menos de metade da média da União Europeia" e "menos de um terço daquilo que o país tem".
O indicador da dívida pública inclui, entre outros elementos, as contas das empresas do setor público.
Já no que refere ao défice, o "enorme esforço de consolidação das contas públicas" no arquipélago açoriano deverá representar uma quebra de 1,6% do PIB em 2016 para 1,4% em 2017.