Das 3 ilhas atingidas pelo sismo de 1 de janeiro de 1980, o mais violento dos últimos duzentos anos em Portugal, a Graciosa foi a que não registou vitimas mortais nem feridos graves.
Ocorrido às 15h42, com epicentro a oeste da ilha Terceira, o sismo atingiu a magnitude de 7.2 na escala de Richter, provocando 73 mortos (53 na Terceira e 20 em S. Jorge), 400 feridos, 22.000 desalojados e 15.000 casas e edifícios públicos destruidos.
Na Graciosa as pessoas ficaram assustadas.
Passados 40 anos, os graciosenses recordam que em toda a ilha os danos em habitações foram avultados, sendo atingidas com maior violência as zonas voltadas para São Jorge. Na Freguesia da Luz as Igrejas e muitas casas ficaram danificadas. Na Ribeirinha várias famílias ficaram sem teto.
Depois do susto, os graciosenses, como sempre, reergueram o que a natureza destruiu. Às construções antigas em pedra e barro, juntaram cimento do Gabinete de Apoio à Reconstrução.
As ruínas resistiram 40 anos no Alto do Sul, que não foi mais habitado, são a memória do sismo mais violento que atingiu a Graciosa no século XX.
Reportagem emitida hoje no especial da RTP Açores:
Testemunhos para a grande reportagem também emitida na RTP Açores:
ADELAIDE TELES
Era na altura deputada à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na primeira legislatura. Integrou a Delegação da Graciosa do Gabinete de Apoio à Reconstrução (GAR).
Pe. NORBERTO PACHECO
Tinha chegado do Pico poucas semanas antes. Na tarde daquele domingo, na Escola Primária da Praia, orientava a primeira festa de Natal da Catequese da Paróquia de São Mateus. Coordenou a reconstrução das igrejas da Luz, Carapacho e São Mateus.