No âmbito da comemoração do Dia mundial das zonas Húmidas (2 de fevereiro), a Direção Regional do Ambiente através do Parque Natural da Graciosa, em colaboração com o Serviço de Desporto da Graciosa, o Serviço Florestal da Graciosa, o Clube Desportivo Escolar Ilha Branca e o Geoparque Açores, promoveram no passado sábado a plantação de árvores endémicas na Furna da Maria Encantada seguido de um passeio até ao lugar da Fonte da Rocha.
A Junta Regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas, no âmbito do projeto internacional Trees for the World, associou-se a esta comemoração tendo, na Graciosa, a iniciativa contado com a participação de mais de 60 escuteiros dos agrupamentos 434 de Santa Cruz, 944 de Guadalupe e o 926 de Nossa Senhora da Luz, que plantaram cerca de 40 exemplares de louro-da-terra (Laurus azorica), pau-branco (Picconia azorica) e de dragoeiro (Dracaena draco), estes últimos nativos da macaronésia.
Posteriormente, um grupo de cerca de 100 caminhantes, constituído pelos escuteiros, familiares e público presente, realizou um percurso pedestre de 4,5 km entre o único sítio Ramsar da ilha, a Caldeira da Graciosa (Furna do Enxofre), e a Fonte da Rocha, para dar a conhecer a casa das Lavadeiras/pias de lavar (Séc. XIX/XX), local onde outrora se lavava a roupa com recurso a uma pequena mãe-d’água, ainda existente.
A Convenção sobre Zonas Húmidas constitui um tratado intergovernamental adotado a 2 de fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar, relativo à conservação e ao uso racional das Zonas Húmidas. Esse dia tem sido assinalado desde 1997 como o Dia Mundial das Zonas Húmidas para que as agências governamentais, organizações não-governamentais de ambiente e grupos de cidadãos possam ajudar a consciencializar o público sobre a importância e o valor das zonas húmidas.