“Alguns partidos estão mais preocupados em fazer política de ataque ao Governo do que em ter aqui os documentos para analisar”, afirmou Francisco César, esta quinta-feira, à margem dos trabalhos da Comissão dedicada a analisar a situação do Setor Público Empresarial (SPER) e Associações Públicas.
Sobre o alegado incumprimento, o Grupo Parlamentar do PS/Açores considera que essa é uma acusação infundada, uma vez que não foram estabelecidos prazos para o Governo entregar os documentos, como aliás atesta o “último ofício”, assinado pelo social-democrata João Bruto da Costa: “Consideramos ser extemporâneo a colocação de um processo crime da parte do Presidente da Comissão – e aliás, anunciado em primeira mão pelos partidos proponentes da Comissão”.
Francisco César explicou, em resposta aos jornalistas, que “foi exatamente por haver dúvidas sobre o prazo definido” que o PS apresentou um requerimento para estabelecer cinco dias úteis como limite, para a apresentação do único relatório em falta no total de 21 empresas que estão a ser analisadas.
Ao votar contra esse requerimento o PSD e o CDS demonstram qual o objetivo que os move nesta comissão: “A oposição está mais preocupada em atacar o Governo do que em ter acesso aos documentos”, concluiu Francisco César.
Sobre a conduta do presidente da Comissão, Francisco César condenou veemente o comportamento de João Bruto da Costa: “A parcialidade e a falta de transparência na condução dos trabalhos da Comissão de Inquérito fragilizam a conduta do seu presidente”.
“Ao assinar documentos de cruz, sem verificar o seu conteúdo – que como se demonstrou era ilegal -; ao omitir informação ao PS e ao Bloco de Esquerda, mas partilhar essa mesma informação com os deputados do seu partido e ao culpar os Serviços da Assembleia pela sua má gestão, o Presidente da Comissão demonstrou falta de transparência, favorecimento e fragilizou a sua função”, explicou Francisco César, depois dos esclarecimentos pedidos pelo PS.
Fonte: PS Açores