Produção, transformação e comercialização estão "condenados" à cooperação, em nome do futuro da lavoura açoriana, designadamente, o sector do leite.
Vasco Cordeiro presidiu pela primeira vez ao Conselho Regional da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, numa altura em que o sector atravessa importantes desafios.
Nos diferentes lados há constrangimentos que o governo reconhece, mas também entende que sem o esforço de todos, o futuro da agricultura açoriana ficará em risco.
Sem colaboração, o governo saberá como agir.
Sem colaboração, o governo saberá como agir.
“O Governo não se coloca de parte, nem à margem deste processo, e recorrerá, naturalmente, aos instrumentos que tem ao seu dispor, que têm a ver com a orientação de investimento público que privilegia uma ou outra parte”, assegurou Vasco Cordeiro, para quem a questão tem a ver com a forma como os investimentos públicos num determinado setor são rentabilizados, utilizados e mobilizados.
Também o presidente da Federação Agrícola dos Açores condena as limitações que a industria está a colocar aos produtores de leite nas ilhas de São Miguel, Terceira e Graciosa.
Jorge Rita defende que uma das soluções passa por transferir o efetivo do sector do leite, para o da carne.
A reflexão sobre os diferentes desafios que a agricultura dos Açores enfrenta, foi o principal objetivo do Conselho Regional.
Aliás, o encontro dos conselheiros dos diferentes sectores da agricultura regional, "decorre num momento particularmente importante e exigente do ponto da conjuntura vista externa, uma vez que está em curso a discussão sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia para o período 2021-2027" – lembrou também Vasco Cordeiro na sua intervenção.
De acordo com o chefe do executivo, a perspetiva de aumentar a taxa de comparticipação das Regiões de 15 para 30 por cento é uma proposta sem justificação, uma duplicação do esforço das entidades regionais que teria consequências quanto à capacidade de execução e de concretização destes programas.
“Este é um aspeto no qual estamos centrados, temos desenvolvido ação a nível europeu e, até uma decisão global sobre esta matéria, temos de continuar a pressão”, garantiu Vasco Cordeiro, ao alertar ainda para os riscos que podem resultar da aprovação do próximo quadro financeiro após as próximas eleições para o Parlamento Europeu.