A propósito de um projeto de resolução apresentado pelo PSD sobre o Carnaval da ilha Graciosa, “a ideia que fica, a quem lê a proposta, é de desvalorização do muito que foi feito em termos de melhoria das ligações aéreas ao longo dos últimos anos”, lamentou o deputado socialista, José Ávila.
Para o deputado graciosense as acessibilidades aéreas têm vindo a ser melhoradas, “desde a introdução de ligações ao sábado e mais tarde ao domingo”, não esquecendo “as novas Obrigações de Serviço Público implementadas em 2015, nomeadamente a redução das tarifas”.
Durante o Plenário, de quarta-feira, o deputado do PS Açores explicou, ainda, que “o Governo, como é sua obrigação, tem mecanismos legislativos, ao dispor de quem organiza o Carnaval ou a quem a ele se associa ou se quer associar”, destacando que esta proposta é “insistir em algo que se tem insistido e vai dar sempre no mesmo”.
Para José Ávila, a proposta apresentada é feita com pressupostos errados, sendo um deles a falta de acessibilidades” e a falta de apoios, que já existem. “O que ali não há, e se calhar devia haver, é uma verdadeira organização do carnaval”, referiu José Ávila, defendendo que “o carnaval graciosense é uma manifestação das instituições e coletividades”, e que “nunca poderemos ter um Carnaval por decreto, nem nunca poderemos ter este Governo ou qualquer governo a mandar no Carnaval graciosense”.
Manuel Ramos, deputado socialista eleito pela Graciosa, defendeu que é importante que “haja uma organização local que concentre a promoção, divulgação e angariação de fundos, e que os distribua com equidade pelas coletividades que promovem o carnaval na ilha graciosa”, garantindo que o Carnaval graciosense “tem potencial para ser um verdadeiro cartaz turístico”, mas que necessita “de ser aprimorado e organizado para que seja um cartaz turístico digno de combater a sazonalidade e para que, quem lá for, não regresse com expetativas goradas”.
Para o deputado socialista são “os Graciosenses que muito bem sabem manter as suas tradições e preservar o seu património cultural e recreativo” e que “vão de certo encontrar no Governo Regional um parceiro que ajude a potencializar os seus projetos nesta área, investimentos sérios fundamentados e que tragam o desejado retorno”.
Para José Ramos os apoios disponíveis “devem servir para potencializar a manutenção das tradições carnavalescas”, sendo fundamental “encorajar e ajudar as entidades responsáveis por esta época carnavalesca para que possam, por sua iniciativa e vontade, elaborar, organizar e divulgar o nosso Carnaval”.
“O que falta é mesmo uma organização congregada que programa, promova e apoie as coletividades que promovem o carnaval da ilha Graciosa”, reforçou o deputado do PS.
Fonte: PS Açores