Ainda sobre o procedimento da RTP Açores no carnaval, os deputados do PS eleitos pelo Círculo Eleitoral da Ilha Graciosa emitiram o seguinte comunicado:
"O Carnaval é vivido de um modo especial na ilha Graciosa, diferente de todos os outros conhecidos nos Açores e comprovado por forasteiros por cá passam nesta época, animado por grupos de fantasias que percorrem toda a ilha, espalhando ritmo, cor e, sobretudo, muita alegria.
Esta tradição tem, nos últimos anos, sido respeitada por parte da Rádio e Televisão Pública dos Açores (RTP-Açores), no cumprimento do serviço público que presta, como aconteceu no Carnaval de 2017, em que o tratamento noticioso considerámos irrepreensível.
Os executivos camarários graciosenses têm, desde há muito, assumido as despesas de deslocação e alojamento das equipas da RTP-Açores como forma de garantir esta cobertura. Os deputados do Grupo Parlamentar do PS/Açores eleitos pela ilha Graciosa, discordam deste procedimento – por considerarem que é obrigação da empresa pública cobrir todos os acontecimentos com interesse, independentemente da sua origem -, mas reconhecem que assim se tem conseguido dar projeção ao Carnaval da Graciosa para lá da Ilha.
Este ano, e apesar de se manter o apoio camarário para a divulgação e difusão das celebrações, os deputados do PS/Açores – José Ávila e Manuel José Ramos – registaram, com manifesto desagrado, a falta de atenção que a RTP-Açores reservou para com o Carnaval da Graciosa. Os deputados do Partido Socialista manifestam o seu descontentamento à RTP-Açores pelo desinteresse demonstrado na cobertura do Carnaval da Ilha Graciosa, apesar dos meios postos à sua disposição.
Consideram esta atitude inadmissível por parte de um órgão de comunicação social que está contratualizado para prestar um serviço público a todos os Açores. Consideram que belisca a igualdade de tratamento que deve ser dado a todos os Açorianos, além de levantar questões de foro deontológico.
Os deputados ressalvam, no entanto, o grande esforço feito pelo correspondente local, que apesar de espartilhado pelas quotas anuais de peças a produzir – o que também consideram ser uma autêntica aberração -, tem feito um excelente trabalho, ao longo dos últimos anos, mas que não dispõe de capacidade técnica e humana para cobrir, por si só, eventos de maior dimensão".
Graciosa, 16 de fevereiro de 2018