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Este conteúdo fez parte do "Blogue Graciosa Online", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de Dos provérbios
Graciosa Online 07 jul, 2023, 13:35

Dos provérbios

Crónica de Victor Rui Dores

Os provérbios traduzem o sentimento coletivo de um povo e são parte integrante da sua
cultura – se por cultura entendermos o modo de ser, de pensar e de agir desse povo.

Cada sociedade tem os seus provérbios próprios, os quais estabelecem parâmetros de
condutas e valores. Os provérbios, que têm a sua origem em contos, mitos ou fábulas estão, por
isso mesmo, ligados ao imaginário de um povo.
Convirá, antes de mais, distinguir duas categorias no que diz respeito a esta forma de
expressão popular. Por um lado, temos a categoria dos provérbios, adágios e rifões e, por outro, a
categoria das máximas, aforismos e apólogos.
Os provérbios, adágios e rifões encerram um conhecimento empírico, fruto de toda uma
sabedoria popular, que se foi cristalizando ao longo do tempo e que foi sendo transmitido
oralmente, de geração em geração, em fórmulas curtas e mais ou menos poéticas – para mais fácil
memorização e transmissão oral. Por exemplo: “Tal pai, tal filho”; “Casa roubada, trancas à
porta
”.
Por outro lado, as máximas, aforismos e os apólogos dizem respeito a normas de bom
senso e deriva de um discurso de ordem moral e filosófica. Por exemplo: “Não guardes para
amanhã o que podes fazer hoje
”.
Por conseguinte, enquanto os provérbios se prendem com vivências populares, as máximas
estão mais viradas para um tipo de conhecimento mais erudito e literário. Daí que os provérbios
sejam mais utilizados nas sociedades tradicionais e rurais, ao passo que nas sociedades mais
industrializadas, consumistas e “modernas”, os provérbios são substituídos por uma linguagem
que é feita de estereótipos de slogans político-tecnocráticos e de spots publicitários, com autorias.
Por exemplo: “Cerveja Sagres, a sede que se deseja”, da autoria de Ary dos Santos; “Há mar e mar,
há ir e voltar
”, escrita por Alexandre O´Neill satisfazendo uma encomenda do Instituto de Socorro
a Náufragos.
Dos provérbios
Os provérbios são, pois, instrumentos de cultura oral e variam de época para época, de
acordo com as vivências e com os valores desse povo. Há, por exemplo, provérbios da Idade
Média que hoje não fazem sentido porque, entretanto, se verificou toda uma mudança a nível de
mentalidades. É o caso dos seguintes provérbios: “Quem a sua mulher ensina a ler ou é cornudo
ou está para o ser
”; “Foge da mula que faz him e da mulher que sabe latim”; “Trindades batidas,
meninas recolhidas
”; “Mulheres, mulas e muletas começam pelas mesmas letras”. 
Seja lá como for, o uso dos provérbios é hoje um bom indicador de status ou pertença
social. O povo fala por provérbios devido ao seu baixo teor literário; a gente letrada tem a sua
linguagem própria. É assim em todo o mundo e também nas ilhas açorianas, onde por via de uma
nova realidade geográfica e social temos provérbios com características especificamente insulares
e de criação local, como por exemplo: “Ilhéu depois de morto ainda dá coice”; “Olho na lapa, olho
na vaga
”; “Não se apanha chicharro com lua cheia”; “Baleias no canal terás temporal”, entre
muitos outros. E até temos provérbios que identificam determinada ilha. Por exemplo: “Gente tola
e toiros, paredes altas
” e “Em alguidar velho é que se faz alcatra boa” (Terceira). “Gente do Pico,
nem por carta nem por escrito
” (Pico e Faial). “Vento leste não traz nada que preste” (todas as
ilhas).
Uma coisa é certa: com maior ou menor grau, podemos sempre extrair conhecimento dos
provérbios. 




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