A Filarmónica União Progresso de Guadalupe, fundada a 29 de setembro de 1963, completa neste sábado 55 anos.
Entretanto, o aniversário é comemorado amanha, domingo, com missa pelas 18 horas na Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Guadalupe, seguindo-se um mini concerto pela banda e um beberete na Casa do Povo de Guadalupe.
É a mais jovem das atuais 4 bandas filarmónicas graciosenses, sendo criada pelo Clube Central e Recreativo de Guadalupe (1955) que também já tinha fundado o Sporting Clube de Guadalupe em 1962.
Celestino Melo, Dorgival Correia de Melo e Geraldino Medina constituiam a direção do Clube Central aquando a fundação da filarmónica, convidando para regente Manuel Pires, também desportista e entusiasta do SC Guadalupe.
Era uma necessidade da Freguesia de Guadalupe, na época considerada a mais rica da Graciosa, com a sua planície produtora de cereais conhecida por "celeiro dos Açores" que abastecia o arquipélago.
Aliás, já em 1941, por iniciativa do padre Virginio Machado, houve uma primeira tentativa para formar uma filarmónica na Freguesia de Guadalupe.
Partilhar a mesma sede e, sobretudo, o mesmo orçamento, com uma equipa de futebol foi, provavelmente, caso único.
Entretanto, para beneficio de todos, a banda passou a ensaiar nas instalações da Casa do Povo em 1993. Mas só em 1999, com a direção de João Manuel Cunha, foi legalmente separada do Clube.
A presença de jovens na direção e na banda dirigida pelo maestro Marco Bettencourt, garantem um futuro estável à Filarmónica União Progresso de Guadalupe.
No entanto, o facto dos jovens sairem muito cedo da ilha, representa também um desafio de constante renovação.
Fotografias da Fundação da FUPG (1963), do livro "Tradições Musicais da Ilha Graciosa", do padre Norberto da Cunha Pacheco.
Participação da FUPG na Festa de São Miguel Arcanjo, setembro de 2018: