A Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa aprovou na passada sexta-feira a proposta de Plano e Orçamento do Município para 2020, com os votos favoráveis da maioria socialista, tendo o PSD votado contra.
O PSD fez chegar à nossa redação a declaração que fundamenta o sentido de voto dos deputados municipais.
Brevemente, serão emitidas reportagens, na rádio e na televisão, sobre os planos para 2020 dos municípios açorianos.
Os membros do PSD, na Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa votam contra o orçamento e grandes opções do plano, para 2020, por considerarem que a Graciosa não pode suportar, mais orçamentos fictícios.
Para a Graciosa e para os graciosenses, nada serve ter um documento recheado de promessas que não são para cumprir, em que obras fundamentais para o futuro da nossa ilha, são adiadas de orçamento em orçamento.
Para além de não se cumprir com obras prometidas e prioritárias que levem à fixação dos jovens na ilha e à melhoria das condições de vida dos que cá escolheram viver, estas ainda são substituídas por projetos megalómanos, como é o exemplo de um canil de 360 mil euros, o qual se conseguia fazer com sensivelmente metade desse valor e com o valor restante, partir para outro projecto.
Do muito que a Graciosa continua à espera, salientamos:
– A necessidade de um espaço que seja inovador, que possa acolher empreendedores / novas empresas (“Ninho de Empresas”);
– A melhoria de vários acessos a habitações, como é o caso da “Esperança Velha”, “Canada do meio Moio” e “Caminho velho dos Fenais”;
– Arranjos no ”Quitadouro Velho” que liga por exemplo o Porto Comercial ao parque empresarial;
– Dinamização do parque empresarial;
– Melhoria da qualidade das nossas águas e continuação do projeto de substituição das tubagens antigas;
– Melhoramentos significativos nas zonas balneares;
– Complexos desportivos, como é o caso dos sintéticos em Santa Cruz e Guadalupe;
– Dinamização do aldeamento turístico do Carapacho, assim como as melhorias necessárias no parque de campismo.
Lembramos que votamos favoravelmente o primeiro orçamento deste executivo, por considerarmos que era ambicioso e favorável aos graciosenses e que apesar de ter desiludido em muitos aspetos, demos o benefício da dúvida, abstendo-nos no segundo.
Agora resta-nos mostrar o nosso descontentamento pelo marasmo a que nos conduz este executivo.
Mesmo assim, continuamos disponíveis para debater e colaborar em todos os assuntos que sejam de interesse para a Graciosa e para os graciosenses, nunca abdicando da nossa opinião".