O inquérito urgente às evacuações aéreas do dia 2 de fevereiro de 2017, pedido pelo Presidente do Governo Regional, não encontrou culpados.
Contudo, o despacho de Vasco Cordeiro exige uma definição formal dos mecanismos de articulação e colaboração entre as entidades que intervêm no processo de evacuações aéreas.
O secretário Regional da Saúde, entretanto, reconheceu que errou ao não ter mandado abrir um inquérito em 2017, perante as suspeitas de interferência da administradora do Hospital da Ilha Terceira numa evacuação médica.
Em 02 de fevereiro de 2017, a Proteção Civil dos Açores recebeu dois pedidos de evacuação de doentes de ilhas sem hospital, quase em simultâneo: um de uma criança de 13 meses com uma depressão respiratória num contexto de convulsão febril na ilha Graciosa e outro de uma jovem de 20 anos com um traumatismo cranioencefálico em São Jorge.
A coordenadora dos médicos reguladores (que tomam decisões sobre as evacuações) enviou, na altura, uma carta ao presidente da Proteção Civil, dizendo que foi inicialmente decidido retirar os dois doentes na mesma deslocação de helicóptero, mas que a presidente do conselho de administração do Hospital da Ilha Terceira pressionou a médica para dar prioridade à doente de São Jorge, que era sua familiar.
O secretário regional da Saúde optou, nessa altura, por não abrir um inquérito, mas em agosto deste ano, quando o caso foi relatado pelo jornal Diário dos Açores, o presidente do executivo açoriano decidiu abrir um inquérito “urgente”.
CONSULTE AQUI O RELATÓRIO E DESPACHO DO INQUÉRITO.